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Empresários boicotam a decisão da PMM

A deputada Conceição Sampaio (PP) ocupou a tribuna ontem, para repudiar a atitude dos empresários do transporte coletivo urbano de Manaus que, nos últimos dois dias, decidiram reduzir a frota de ônibus que serve a população em retaliação à decisão do prefeito Amazonino Mendes (PTB) de reduzir o valor da passagem para R$ 2,10.
Segundo Conceição, os usuários dos coletivos passaram por maus momentos devido a retirada dos ônibus. Muitos usuários perderam o dia de trabalho, outros chegaram atrasados e os estudantes deixaram de ir ao colégio.

Ela afirmou que reconhece a decisão da Prefeitura de Manaus que reduziu o valor da passagem de R$ 2,25 para R$ 2,10; quinze centavos certamente farão a diferença no bolso do usuário, mas os empresários não pensam assim.
Conceição falou em nome dos usuários que ficaram e ainda estão em várias paradas de ônibus, esperando pelo transporte coletivo que não chega. “A decisão da prefeitura foi corajosa, mas ela deveria ter se preocupado com a falta de consciência dos empresários que, não é de hoje, insistem em desrespeitar as pessoas que precisavam ter esse serviço ativo e, não desserviço, como continuamos a vivenciar na capital amazonense”, assinalou.

Para ela, esse cuidado, para que de fato as empresas cumprissem com suas obrigações, deveria sim, ter sido visto e analisado pela Prefeitura do município. “Hoje, os terminais estão superlotados, com filas quilométricas e, isso, vai prejudicar, sobremaneira, as pessoas que dependem desse serviço para se deslocar para o trabalho ou escola porque, simplesmente, o ônibus não chegou”, afirmou.

Lembrou ainda, que o problema do transporte coletivo de Manaus não é algo que começou hoje. Nós temos aí uma realidade cruel porque Manaus, infelizmente, não construiu uma política de transporte que venha a ser o ideal para a população.
“Mais uma vez o usuário está sendo prejudicado, muitos pensaram e reconhecem que essa redução é importante necessária, pois estamos diante de um fato que não para jogar para debaixo do tapete”, disse.

Segundo Sampaio, se a Prefeitura de Manaus está fazendo essa redução é porque esse período todo estava pagando a mais R$ 0,15. “Mas quem fará o ressarcimento desse valor durante esse tempo em que esteve em vigor para o usuário?”, perguntou , afirmando que esse questionamento é algo que se deve fazer sempre.
Em aparte, o deputado Luiz Castro (PPS) disse que a situação chegou a esse patamar porque não existe controle por parte da Prefeitura de Manaus sobre os ônibus que circulam na cidade.

Um exemplo disso foi o que aconteceu no ontem e que se repete hoje, causando transtorno e sofrimento para a população que depende do serviço, aliado com a retirada de alguns ônibus executivos que davam suporte a uma outra demanda de passageiros, que viram os ônibus desaparecer e os poucos que circulavam estavam com o preços da passagem a R$ 3,00.
Para Luiz Castro foi contraditória essa decisão da prefeitura que prejudicou as cooperativas e a população, no momento em que as empresas boicotavam a redução do valor da passagem. ”Essa engenharia da Prefeitura de Manaus não consegui entender até agora”, assinalou Castro.

Já o deputado Adjuto Afonso (PP) assinalou que a preocupação não deve se reservar apenas à deputada Conceição Sampaio, deve ser da Assembleia Legislativa como um todo, pois os deputados que são representantes do povo têm a obrigação de defender a população, que está sendo usurpada em direitos.

Lembrou ainda que a Assembleia votou a subvenção do diesel para os empresários de ônibus. “O que se ouviu do prefeito – e toda a imprensa divulgou – é que parecia que tinha sido um acordo entre o prefeito e os empresários, ou seja, tinha dado essa passagem de R$ 2,25 por um período até que essas empresas conseguissem caixa para poder tocar suas atividades e depois reduzir para R$ 2,10.

“Com certeza isso não aconteceu, o que se vê é a retaliação clara dos empresários em relação a decisão da Prefeitura de Manaus de reduzir a passagem”, afirmou o deputado Adjuto Afonso.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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