Mais de 500 pessoas, entre empresários, consultores, profissionais liberais e estudantes, lotaram o auditório do Hotel Parque dos Coqueiros na quinta-feira, 13, para assistir à palestra “Sucessão e Profissionalização da Empresa Familiar”, proferida pelo professor Renato Bernhoeft, fundador e presidente da Bernhoeft Consultoria, membro e responsável pela América Latina Family Business Consulting Group Internacional, consultor de empresas nas áreas de profissionalização e formação de sucessores.
Para Renato Bernhoeft, a grande maioria dos empreendedores brasileiros começaram com pequenos negócios. E muitos desses empreendimentos cresceram bastante e se tornaram maior que a capacidade dos seus proprietários de gerenciar. “Empreendedor é aquele que constrói, empresário é o que perpetua a obra. Parte desse desafio depende do compromisso da família em se tornar uma família empresária. O ideal é que os filhos e os outros integrantes da família sejam preparados para administrar o empreendimento”, disse.
Segundo o professor, muitas das grandes empresas do Brasil não estão sendo vendidas, mas compradas. A diferença é que a empresa comprada é posta venda em consequência de problemas familiares entre os herdeiros, que não se entendem.
“Cerca de 65% das empresas familiares existentes no mundo desaparecem do mercado por causa de disputas internas. Isso acontece porque não há diálogo entre os familiares, principalmente quando se trata de questões delicadas. É natural que as diferenças existam, cabe aos integrantes sentarem e dialogarem. Tudo fica mais fácil quando o fundador toma a iniciativa e tenta solucionar os problemas com maturidade. Mas o que vemos é uma situação oposta, fundadores que são ótimos empreendedores, gerenciam seus negócios com eficiência, mas são pais ausentes”.
“O primeiro desafio dos herdeiros é ter uma conversa franca sobre a capacidade de se entender dentro da empresa. É primordial que essa conversa exista na família e que as dificuldades sejam debatidas e solucionadas. Outra alternativa é os filhos do dono trabalharem primeiro em empresas de terceiros, para que possam adquirir experiência, disciplina e comprometimento com o trabalho. Dessa forma, terão muito mais condição para assumir os negócios familiares”.
Bernhoeft deixou bem claro que a empresa não é o local apropriado para se tentar ajudar e dar rumo a filhos problemáticos. “Os problemas familiares devem ser resolvidos em casa, com diálogo”, concluiu o consultor.
Empresa não é lugar de resolver problema familiar
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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