A política de sustentabilidade exercida pelo Governo do Amazonas foi a pauta de uma reunião, no gabinete da SDS (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), entre o GT (Grupo de Trabalho) do Pau-Rosa e uma comitiva da empresa japonesa Tree Of Life – Herb & Essential Oil, que atua no ramo de óleos essenciais. O encontro serviu para desmistificar a idéia de que ao se consumir produtos oriundos das florestas amazônicas se contribui diretamente com o desmatamento e depredação do meio ambiente como um todo.
“O consumidor hoje, na Europa e principalmente no Japão, não quer consumir apenas um bom produto, e sim um produto limpo, no sentido de não mais agredir o que já foi tão agredido”, explicou o empresário Ilko Minev que acompanhava o grupo japonês.
Fauna e flora
Durante a visita que contou com a presença da secretária da SDS, Nádia Ferreira, a comitiva teve a oportunidade de contemplar as ações que o Governo do Estado tem promovido para minimizar o extrativismo predatório e a comercialização ilegal de produtos regionais, em especial o pau-rosa, que já faz parte da nova lista de espécies da fauna e flora brasileiras que estão em risco de extinção, divulgada pelo Ibama.
“O GT aqui instituído busca respostas para questões primordiais na busca da manutenção da cadeia produtiva desses produtos, como a elaboração do inventário do pau-rosa e a fomentação do plantio dessa espécie. O nosso Estado possui hoje florestas públicas, em áreas de grande incidência do pau-rosa, que tem possibilidade de atender a esta demanda, utilizando critérios ambientais, técnicos e sociais”, afirmou Philippe Waldhoff, gerente de florestas da Secretaria Executiva Adjunta de Florestas e Extrativismo, subordinada à SDS.
O futuro do pau-rosa e das demais espécies oleaginosas no Amazonas tende a ser muito promissor com este tipo de intercâmbio.
É o que afirma Antenor Barbosa, pesquisador do inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) e também membro do GT do pau-rosa.
“Nós expomos a nossa realidade e propomos sugestões para o desenvolvimento da produção de óleo no Estado, para que ela se torne cada vez mais sustentável, amadurecendo assim projetos conjuntos que estimulem o plantio de pau-rosa e a produção oriunda de espécies regionais”.