O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, reafirmou na manhã de ontem que a empresa de fertilizantes a ser criada pelo governo não atuará na área de produção, mas apenas de coordenação. No final do mês passado, ele havia explicado que essa nova companhia seguiria o modelo da Petro-Sal, estatal que vai gerir os contratos para a comercialização de petróleo e gás natural da União, mas que não ficará a cargo da exploração.
“Essa nova instituição vai apenas coordenar o programa de autossuficiência brasileira na questão dos fertilizantes”, disse, após participar do lançamento a Agenda Legislativa do Cooperativismo em 2010, promovida pela OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), em Brasília (DF).
“Não se tratará de uma estatal no conceito de uma estatal. A Petro-Sal não chega a ser uma estatal, é mais um órgão de controle”, acrescentou. Ele lembrou que a nova empresa de petróleo deverá ser formada com aproximadamente 50 funcionários e que o quadro de pessoal da companhia voltada para o segmento de fertilizantes “será menor ainda”.
Também no final do mês passado, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou que estão adiantados os estudos para a criação da estatal de fertilizantes e que a empresa atuaria tanto no segmento de “matérias primas, como no produto final”. Para Stephanes, no entanto, o colega foi mal interpretado. “Possivelmente o ministro Lobão não quis dizer produção”, considerou.
A avaliação do governo a respeito da necessidade de uma instituição para coordenar esse processo de autossuficiência se dá, de acordo com o ministro da Agricultura, porque os órgãos existentes hoje não estão adequados às novas ramificações do setor. Até então, argumentou Stephanes, minério no Brasil era apenas analisado sob o ponto de vista da exploração como atividade final, como no caso do ouro, cobre e diamante. “Os órgãos que temos hoje não têm estrutura e nem visão para tratar dos fertilizantes”.
Agora, os minérios são componentes considerados fundamentais na produção de fertilizantes utilizados na agricultura. O problema é que o Brasil importa grande parte do que consome quando possui dezenas de jazidas em seu solo, segundo o ministro.
Empresa de fertilizante está fora da área de produção, reitera Stephanes
Redação
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