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Empresa de aviaçã ocobra tarifas muito alta no interior do Estado

A prática de uma tarifa considerada extorsiva pela empresa TRIP Linhas Aéreas está deixando a região do Juruá em total isolamento, especialmente o município de Eirunepé. A denúncia foi feita pelo deputado Luiz Castro (PPS), da tribuna da Assembleia Legislativa, na sessão de quinta-feira (06).
A empresa está cobrando R$ 1.822,00 por uma passagem no trecho Manaus/Eirunepé/Manaus. “Quem quiser fazer o percurso tem que se submeter a esse preço absurdo, ou então pegar um recreio, quando houver, num trajeto que vai de 10 a 12 dias de viagem”, observou o deputado.
De acordo com Castro, o prejuízo que essa tarifa absurda causa não só à população de Eirunepé, mas também a de Envira, Juruá e Itamarati é imensurável. “Isso influencia diretamente no dia-a-dia das pessoas, que precisam vir a Manaus para tratamento médico e estudantes que não conseguem sair dos municípios para fazer seus cursos. Além disso, prejudica também a administração municipal que não conseguem mais arcar com os altos custos do envio de seus representantes para encontros em Manaus”, destacou Luiz Castro.
Para o deputado, as tarifas da TRIP estão mais caras do que as praticadas para o Sul do país ou internacionais como Orlando, Panamá e Miami. “Enquanto não tivermos uma política pública amazônica para o transporte aéreo, não teremos acesso à cidadania”.
No início desta semana, disse Luiz Castro, o prefeito de Envira teve que fretar um avião para levar uma equipe do INSS até o município, pois havia assumido o compromisso, desde 29 de janeiro, de promover uma viagem dos técnicos do órgão para que a população local obtivesse os recursos que estão assegurados na Constituição.
Como a TRIP mantém essa tarifa absurda, a gerência local não pode adquirir as passagens e a prefeitura teve que gastar mais R$ 15 mil, arcando com o custo da aeronave para que a equipe pudesse chegar. No local já haviam pessoas há uma semana acampadas, inclusive, das nações indígenas esperando os técnicos do INSS.
O deputado explicou que já foi promovida uma audiência pública na Assembleia para discutir essa questão. Foram enviados documentos sobre o assunto, agora vemos a situação como uma questão de direitos humanos porque simplesmente uma região inteira está isolada. Isso afeta a atividade comercial, empresarial e produtiva pois os micros empresários arcam com custos altos para poder dar andamento em seus negócios na capital do Estado.
O grande problema, segundo Castro, é que não há concorrência e outra opção que beneficie a população. Os barcos recreios estão deixando de chegar a Eirunepé por conta do rio Juruá, que está seco. “Daqui a 15 dias não termos mais nem recreios para atender à população da região. É a TRIP ou nada. “Essa empresa está retirando as tripas da economia e da sociedade da região do Juruá”, afirmou Castro.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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