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Empregos na indústria apresentam queda

O nível de emprego da indústria de transformação em Manaus fechou o primeiro quadrimestre em franco ciclo de queda. Em abril, essa redução da mão-de-obra no acumulado já alcança 15,25% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a indústria absorvia 106.741 operários contra os 90.459 atuais.
Nos dados com ajuste sazonal, segundo levantamento da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), o setor fechou 2.806 vagas no quarto mês, registrando o pior desempenho no mês de abril desde 2005. Em março, essa redução no número de vagas, de acordo com a autarquia, tinha sido de 1.838, o que levou alguns analistas naquele momento a entenderem que o reaquecimento dos negócios poderia reverter a tendência de queda.
Considerando os dados sem ajuste sazonal, que elimina características específicas de cada período, a baixa no emprego em abril foi de 3,34%.
Nessa linha de raciocínio, a indústria amazonense empregou cerca de 81.359 pessoas durante o quadrimestre, ou seja, o volume de cortes atingiu 2.811 postos de trabalho.

Perspectivas positivas

Apesar dos números nada promissores na evolução dos níveis de empregabilidade na indústria local, o superintendente regional do trabalho e emprego, Dermilson Chagas, disse acreditar na recuperação ainda na primeira metade do segundo semestre, momento em que as indústrias referendam picos na contratação para atender a demanda do mercado. “A principal razão para acreditar nessa recuperação gradual do crescimento é o cenário econômico mais favorável, com a expectativa de continuidade do processo de queda dos juros, que contribuiu para aumentar a confiança dos empresários do setor para os próximos três meses”, revelou.
Durante o mês de abril, dos 21 setores, 14 tiveram desempenho negativo, seis mais contrataram que demitiram e um ficou estável. O que mais contratou foi o da transformação de minerais não-metálicos com 10,89% de alta no nível de emprego, seguido pelo segmento de bebidas com alta de 8%.
Embora tenha evitado tecer maiores comentários, a vice-presidente do Corecon-AM (Conselho Regional de Economia do Amazonas), Arlene Gomes de Souza, chamou atenção para o processo mais lento em qualquer mercado atingido por uma instabilidade econômica.
“Embora em patamar inferior ao do pré-agravamento da crise, a melhora dos níveis de emprego é questão de tempo, já que a fase mais crítica da instabilidade pode ter ficado para trás em praticamente todos os setores da economia. Só não é possível estabelecer um crescimento vertiginoso na criação das frentes de trabalho para este ano”, observou.

Para CNI, resultados do setor sugerem “mudança”

Transição é a palavra que pode explicar, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria), o comportamento da atividade industrial do mês de abril. O resultado da indústria em abril sugere que o setor passa por um processo de mudança “entre a abrupta queda registrada no quarto trimestre de 2008 e uma recuperação, que ainda não está delineada”.
Em nota, a assessoria de imprensa da CNI apontou que o emprego apresentou uma desaceleração de 1,1% em abril em relação a março, no indicador dessazonalizado. No ano, a queda é de 2% ante igual período do ano passado.
Mas um dado importante da CNI referenda esse novo fôlego do setor. Trata-se do nível de utilização da capacidade instalada na indústria de transformação que avançou, em Manaus, no índice dessazonalizado, de 78,7% em março para 79,1% em abril. Foi o terceiro crescimento consecutivo desse indicador, que está no maior ponto desde novembro do ano passado (81,5%).
Em abril de 2008, a utilização da capacidade fabril era de 83%.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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