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Emprego no interior do Amazonas avança em setembro

Emprego no interior do Amazonas avança em setembro

Somados, os municípios do interior do Amazonas tiveram saldo positivo de empregos formais pelo sexto mês consecutivo, entre agosto e setembro. O número de localidades que teve mais admissões do que desligamentos chegou a 23, pouco a mais do que no mês anterior (22). Mas, a quantidade total de vagas geradas no mês foi a menor desde maio e brecou o movimento de recuperação das perdas impostas pela pandemia. É o que mostram os dados mais recentes do “novo” Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Ao mesmo tempo em que Manaus criava 5.649 postos de trabalho celetistas, algumas das cidades amazonenses conseguiram avançar nas contratações, a despeito dos dados mais elevados de covid-19 no interior. Em números globais, as localidades registraram 881 contratações e 837 demissões. O total de postos de trabalho criados em setembro foi de 44, ficando bem aquém dos contabilizados em agosto (249), julho (+427) e junho (68), aproximando-se do desempenho de maio (42) – o primeiro dado positivo, desde o início da pandemia.

Embora pouco mais de um terço dos municípios do interior tenha conseguido avançar nas contratações, a estagnação foi a marca de outras 12, enquanto as 26 demais amargaram performance negativa, eliminando vagas – contra 9 e 29 no mês anterior, respetivamente. A situação ainda é menos confortável no acumulado que, diferente de Manaus (+552) ainda aponta para uma extinção de 59 empregos formais, dado o predomínio dos desligamentos (7.651) sobre as admissões (7.592). 

Contratações desconcentradas

O impulso da geração veio menos concentrado. Só oito municípios conseguiram saldo positivo de dois dígitos e os demais tiveram saldo médio de um par de vagas. Em números absolutos, Itacoatiara teve o melhor desempenho, com a criação de 54 empregos, decorrentes de 189 contratações e 135 demissões, gerando alta de 1,22%. Na sequência, os destaques vieram de Presidente Figueiredo (+42 postos), Tefé (+31) e Parintins (+27). Em contraste, Humaitá (-76) Manacapuru (-35) e Coari (-22) lideraram os cortes.

O maior incremento proporcional, por outro lado, veio de Itapiranga (+16,05%) e Codajás (+14,44%), seguidos à distância por Ipixuna (+5,88%) e São Sebastiao do Uatumã (+4,92%) – com saldos positivos de 13, 13, 2 e 3 empregos com carteira assinada, respectivamente. Na outra ponta, São Paulo de Olivença (-15,87% e -10 vagas), Juruá e Canutama (ambos com -4,55% e -2) registraram as piores variações relativas do mês. 

No acumulado do ano, apesar do saldo negativo global, 27 municípios entraram no azul. Os melhores resultados absolutos vieram de Presidente Figueiredo (248 ocupações e +9,04%), Humaitá (+85 e +4,24%), Novo Airão (+57 e +22,18%), enquanto Maraã (+26 e +130%) e Itamarati (+11 e +100%) tiveram os maiores avanços proporcionais. Em sentido inverso, Manacapuru (-328 e -9,93%), São Gabriel da Cachoeira (-97 e -23,21%), Coari (-66 e -2,40%), e Boca do Acre (-38 e -3,1%) lideraram a lista de destruição de empregos no interior amazonense, nos nove meses iniciais de 2020. Tapauá foi a única localidade amazonense a pontuar estabilidade.

Marco Dassori

É repórter do Jornal do Commercio
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