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Emprego industrial fica estável em junho

Apesar do avanço da produção da indústria acima do esperado em junho, o emprego no setor não conseguiu aproveitar o impulso e ficou estável no mês na comparação com maio, informou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A comparação é livre de influências sazonais (típicas de cada período). No mês anterior, tinha apresentado queda de 0,4% ante abril.
Com a piora do mercado de trabalho e a produção do setor ainda em ritmo de recuperação, o emprego da indústria tem oscilado entre variações negativas e estabilidade nos últimos meses.
Na comparação com junho de 2012, o emprego industrial registrou queda de 0,4%. Trata-se do 21º resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação.
No índice acumulado dos últimos seis meses, o total do pessoal ocupado na indústria caiu 0,7%, ritmo levemente abaixo do registrado nos primeiros cinco meses do ano ano (-0,8%).
Já a taxa acumulada nos últimos 12 meses, ao recuar 1,1% em junho de 2013, apresentou quedas menos intensas do que as registradas em fevereiro (-1,5%), março (-1,4%), abril (-1,3%) e maio (-1,2%).
Em junho, a produção da indústria cresceu acima do esperado em junho e encerrou o semestre com sinais de recuperação. No entanto, um dos problemas é que a recuperação foi concentrada em alguns setores.

Setores e regiões

Pelos dados do IBGE, os principais impactos negativo na queda do emprego na comparação com junho de 2012 vieram da região Nordeste (-3,5%) e do Rio Grande do Sul (-2,1%).
Já setorialmente, o emprego recuou em 10 dos 18 ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de calçados e couro (-5,4%), outros produtos da indústria de transformação (-3,8%), máquinas e equipamentos (-1,7%), vestuário (-1,8%), madeira (-4,4%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-1,6%).
Por outro lado, os principais impactos positivos sobre a média da indústria foram observados nos setores de alimentos e bebidas (1,7%), borracha e plástico (2,5%) e meios de transporte (1,3%).

Horas extras

Pelo segundo mês consecutivo, o número de horas pagas (indicador que sinaliza as horas extras contratadas pelas empresas) caiu. De junho para maio, a retração foi de 0,6%, já descontadas as influências sazonais.
O indicador, em geral, antecede futuras contratações. Primeiro os industriais pagam horas extras aos seus funcionários para ocupar a capacidade ociosa de suas linhas de produção. Só após um período maior de recuperação é que eles passam a contratar novos empregados.
Em relação a junho de 2012, o número de horas pagas recuou 0,4%, após assinalar 0,3% em abril e ficar estável em maio (zero).
No acumulado do ano, o índice registra queda de 0,9%. Nos últimos 12 meses até abril, houve retração de 1,4%.
Segundo o IBGE, o valor da folha de pagamento da indústria (indicador do rendimento no setor) recuou 1,4% de maio para junho já sem os efeitos típicos de cada período. Com o resultado, foram revertidos dois meses seguidos de taxas positivas, que acumularam ganho de 1,8%.
Na comparação com junho de 2012, houve alta de 2,3%. No índice acumulado nos seis primeiros meses de 2013, o valor da folha de pagamento avançou 2,7%.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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