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Empreendendo na nova economia

Em tempos de desmatamento cada vez mais desenfreado e do desrespeito à população nativa ser prática trivial e aceitável, é imprescindível, sim, falar sobre a Amazônia. Finalmente, parece estar se alinhando um movimento que busca alternativas de desenvolvimento para a região alinhadas à nova economia: mais solidária e inclusiva.

Mas, não é de agora que a Amazônia recebe as atenções de todo o planeta independentemente da finalidade ou interesse, a diferença agora – talvez – esteja relacionada às tragédias que a pandemia do novo Coronavírus ocasionou à humanidade, provocando profundas reflexões em relação ao real sentido da vida e, naturalmente, o meio ambiente passa a ter um novo significado nesses novos tempos. E é nesse contexto que a obra da jornalista Cristina Monte se torna tão atual e necessária.

Empreendedorismo e gargalos

A proposta central do livro “Amazônia sustentável e o ecossistema empreendedor” é mostrar não somente as potencialidades de uma região riquíssima em biodiversidade, mas elencar cases e histórias de personagens que atuam e contribuem de várias formas para a sustentabilidade social, ambiental e econômica da Amazônia brasileira: a história contada por quem a faz.

Entretanto, o livro apresenta as problemáticas relacionadas à localidade sem maquiagens ou remendos, mostrando ao máximo o real e atual cenário da região, tornando-se, nesse sentido, um instrumento reflexivo e crítico, capaz de apontar possíveis caminhos para uma transformação: A Amazônia sustentável!

Projeto e trajetória

A jornalista iniciou o projeto em abril de 2020, em plena pandemia e com todas as dificuldades daquele momento. O propósito era divulgar cerca de 25 ou 30 cases relacionados ao fortalecimento do ecossistema empreendedor de Manaus, no entanto, o trabalho ganhou amplitude e Cristina mergulhou profundamente no tema, aumentando o escopo. “A Amazônia abriga projetos incríveis de pessoas que se esforçam e desenvolvem ações de extrema importância para as comunidades locais e para a preservação do bioma amazônico. Isso precisa ser registrado e divulgado para o público. Essa região ainda é muito mal compreendida pelo restante do país”, comenta a jornalista.

O trabalho envolveu mais de 100 participantes de diversos segmentos, dentre eles, alguns enviaram suas contribuições. Empresas como a Natura e Greenpeace estão na obra, além de figuras como Philip Fearnside, um dos cientistas mais influentes do mundo e Carlos Nobre, meteorologista e profundo conhecedor da região. No entanto, caboclos, indígenas, representantes de institutos de pesquisa, da esfera pública ou de grandes empresas, pequenos empresários ganham voz e espaço na publicação.

E para espraiar a divulgação, a autora traduziu a obra para o inglês, de modo que a comunidade internacional tenha acesso à Amazônia por meio dessa leitura.

Atores: apoio no propósito 

Para compor a obra, Cristina contou com o apoio e patrocínio de instituições de peso, que são o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT), Fundação Paulo Feitoza (FPF Tech), Fundação Muraki, Centro de Ensino Literatus, Instituto CESAR, Centro Internacional de Tecnologia de Software (CITS), Grupo Dunorte (Atack Atacarejo), Rymo da Amazônia, TOTVS da Amazônia, Grupo Bemol, Instituto de Desenvolvimento da Amazônia (Idesam) e Sistema Hapvida. “Essas parcerias reforçam o sentimento coletivo e representam o esforço do ecossistema empreendedor local em contribuir para o desenvolvimento sustentável da Amazônia”, Cristina comenta.

É importante ressaltar a presença de elementos que contextualizam a mensagem central do livro: o trabalho em rede e em parceria. “Quis trazer as pessoas e suas singularidades para o livro, afinal são as pessoas que movem o planeta. Atuar em rede é uma necessidade do século XXI. A própria Covid-19 nos levou a refletir sobre a importância do agir e se ajudar mutuamente mesmo na quarentena, com o distanciamento social”, reflete a jornalista.

Poucos exemplares disponíveis

Devido à alta qualidade do material, projeto gráfico (colorido) e editorial, e por ser na versão bilíngue (português e inglês), a primeira edição é considerada “premium”, com a tiragem de apenas 500 exemplares, que estão disponíveis para a pré-venda pelo e-mail ([email protected]), ao valor promocional de R$ 95.

O lançamento será em dezembro e a jornalista promete algumas surpresas para esse evento. Em breve, estará disponível outra edição física, apenas em língua portuguesa. As edições serão disponibilizadas em formato de e-book, nas próximas semanas.

A obra

São 400 páginas, em edição bilíngue, nas quais se acomodam 17 capítulos, que abrangem áreas como indústria, educação, empreendedorismo, turismo, biotecnologia, dentre outros temas atuais e que representam a singularidade amazônica, como no Capítulo Cultura, em que a jornalista traz um pouco de arquitetura, história e folclore. 

Além de Manaus e outros municípios do Estado do Amazonas, Cristina alcançou os municípios de Belém e Santarém (PA), Alta Floresta (MT) e São Luís (MA). Para remeter o leitor ao ambiente amazônico, a autora acrescentou imagens pitorescas e que simbolizam a região, promovendo uma conexão que transpassa a leitura. 

Foto/Destaque: Divulgação

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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