Tanair Maria
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A orientação vocacional e profissional motivou a criação do projeto Caravana do Empreendedor, pioneiro no Amazonas. Idealizado por dois jovens empreendedores que estão unindo esforços para criar uma equipe itinerante empresarial. Flávio Guimarães e Flávia Ventilari pretendem formar uma equipe móvel de jovens empresários, gestores, gerentes e diretores de empresas com a missão de levar às escolas, universidades e associações de bairros suas experiências empresariais e um olhar apurado para identificar novos talentos, utilizando o teste vocacional como ferramenta fundamental de projeto.
De acordo com Flávio Guimarães, nas escolas serão aplicados os testes vocacionais nos alunos de ensino médio, para identificar as aptidões dos jovens. Segundo ele, nessa fase de adolescência começam a despertar a curiosidade profissional. “Aplicar o teste vocacional é obrigação nossa, até para identificar o que os jovens mais gostam de fazer. Às vezes eles se sentem tão perdidos que começam a cursar numa área e depois de dois ou três anos trancam a matrícula porque viram que não é aquilo que queriam”, disse.
Seguindo do roteiro do projeto itinerante, a partir do resultado do teste vocacional serão aplicadas técnicas para auxiliar os alunos de ensino médio, como elaborar um currículo, o que fazer durante uma entrevista seletiva, como chamar a atenção do entrevistador através do estilo e do comportamento do candidato. “Muitas vezes nós verificamos que os jovens têm diversos talentos para desenvolver, mas eles acabam se atrapalhando na entrevista porque não sabem como falar para valorizar o seu próprio potencial intelectual e profissional, e eles acabam perdendo a vaga”, alertou Guimarães.
Foco nos universitários
Um estudo preliminar verificou que os jovens universitários são os que mais têm propensão para o empreendedorismo, assim os especialistas da caravana irão orientar a abertura do novo negócio. Segundo Flávia Ventilari o comportamento do profissional está em ênfase, onde a parte prática será abordada de forma dinâmica e o aluno poderá tirar dúvidas sobre como iniciar uma carreira de sucesso. “Vamos orientar desde a parte burocrática até a prática. De como atender os clientes, por exemplo, inclusive vamos abordar os fatores de qualidade de vida no trabalho”, adiantou.
No projeto o orientador pode ser concebido como um tipo de coadjuvante, que procura proporcionar experiências e trazer novos elementos para o jovem universitário avaliar, considerar e se posicionar. Trata-se de uma construção conjunta, realizada pelos alunos com os orientadores, que tem por objetivo final conseguir a tomada de decisão sobre a opção vocacional e a idealização de um projeto de carreira. “A ideia é de estimular os jovens universitários a apurarem suas reais aptidões profissionais, de acordo com seu estilo de vida”, disse.
Teste e Orientação Vocacional
Quem não ficou em dúvida sobre qual carreira seguir? Definido por psicólogos, em geral chama-se Teste Vocacional o processo de orientação apoiado em uma bateria de testes -de interesse, aptidão, inteligência, personalidade -que tem por objetivo contar para o estudante “como ele é, e o que poderá vir a ser profissionalmente”, dizem. O processo de teste pode ser comparado a uma fotografia que revela aspectos da pessoa.
O teste vocacional apresenta uma sequência de questões que dão importantes pistas sobre a personalidade e aponta carreiras relacionadas ao perfil do aluno. Também destaca temperamentos e revela os gostos e talentos do candidato, facilitando a escolha do curso de ensino superior. Aliado à novidade deste novo século, a orientação vocacional serve de suporte para o teste, ao analisar as situações rotineiras da família, o histórico cultural e familiar e os relacionamentos sociais que os envolvem.
“De posse do teste vocacional, o empreendedor orientador vocacional vai propiciar experiências práticas para que o aluno reflita sobre si mesmo e visualize as áreas profissionais em que poderá atuar. Estamos falando, então, de um programa de atividades voltado à facilitação da escolha da profissão ou do negócio que já começa na fase universitária da vida desses jovens”, concluiu Flávia Ventilari.