Mesmo envolta em contratempos como a crise econômica mundial e o acidente com o voo AF 447, a Airbus mantém a perspectiva de 300 aeronaves encomendadas ao longo deste ano. Apesar do aparente otimismo, tanto a gigante europeia quanto a concorrente americana Boeing preveem um aumento do volume de vendas somente para 2010, apostando nos mercados emergentes e em inovações tecnológicas, como a produção de aparelhos menos poluentes.
Neste ano, a crise econômica não permite expectativas muito animadoras, e a Airbus deve se contentar em assegurar as entregas dentro dos prazos previstos, informou o presidente da empresa, Thomas Enders, em coletiva de imprensa na manhã de ontem.
“A nossa prioridade é assegurar as entregas em 2009 e 2010. Nós esperamos poder atingir um número de entregas próximo ao do ano passado, no qual chegamos a um recorde de 483”, afirmou Enders. “O mais importante é continuarmos estáveis.”
O presidente não entrou em detalhes sobre os projetos inovadores que estão sendo desenvolvidos pela empresa, mas assegurou que a inclusão de aviões “eco-eficientes” faz parte dos planos.
“Achamos que estamos perto do fim da crise. Em 2010, esperamos uma retomada”, disse Enders. Na véspera, o rival Scott Carson, da Boeing, havia declarado que “não temos certezas, mas temos a impressão de que existem razões para esperar que a retomada comece no ano que vem”. As duas companhias acumulam em torno de 3,5 mil aviões encomendados nos últimos cinco anos.
O diretor-geral da Airbus, Fabrice Brégier, comentou ao Grupo Estado que o período atual de fato é negativo, mas que mercados emergentes como o chinês fornecem boas pistas sobre os negócios no próximo ano. Enders ainda citou como saída as companhias de baixo custo, “que continuam crescendo apesar da crise”.
O momento desfavorável, entretanto, não está impedindo a Airbus de fechar bons negócios durante o 48º Salão da Aeronáutica e do Espaço Paris Le Bourget, aberto na segunda-feira, nos arredores da capital francesa. O melhor anúncio para a Airbus veio quando foi divulgada a venda de 10 A-350 por US$ 2.4 bilhões de dólares à companhia malaia AirAsia X. Além da venda confirmada, outras cinco opções para o mesmo aparelho foram pedidas.
Emergentes devem viabilizar retomada de setor aéreo em 2010
Redação
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