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Em Honduras, deputados brasileiros pedem respeito à embaixada do Brasil

Um grupo de seis parlamentares brasileiros se reuniu na quinta-feira com diversos líderes políticos de Honduras em uma missão que, segundo os próprios, tem como objetivo apenas “contribuir” com os esforços por uma saída negociada à crise.
Durante as primeiras reuniões, os parlamentares reforçaram o pedido do governo pelo respeito à integridade da embaixada do Brasil.
Desde 21 de setembro passado, o presidente deposto Manuel Zelaya refugia-se na embaixada brasileira em meio a esforços por negociação.
A missão de parlamentares foi a Honduras com o objetivo também de verificar a situação dos diplomatas brasileiros que ficaram no centro da crise política hondurenha, iniciada em 28 de junho passado com a deposição de Zelaya.
Segundo o jornal “Heraldo”, favorável ao governo interino, a delegação brasileira reuniu-se com os magistrados da Corte Suprema de Justiça e conversam agora com a Comissão Nacional de Direitos Humanos.
Durante os encontros, os brasileiros pediram que Honduras respeite a embaixada do Brasil, um tema que preocupa o governo brasileiro e a comunidade internacional, apesar das reiteradas declarações do governo interino de que não violará de forma alguma a sede diplomática.
“Esta é uma missão do Congresso que traz ao povo de Honduras uma mensagem do povo brasileiro de que estamos felizes com o avanço no processo de negociação.
A saída deve ser pacífica”, disse à imprensa Raul Jungmann, do PPS.
Jugmann destacou que foi informado de que Zelaya e o presidente interino, Roberto Micheletti, “estão conversando através de interlocutores” em torno do Acordo de San José, a proposta do presidente da Costa Rica, Oscar Arias, para solucionar a crise e que inclui a restituição de Zelaya sob um governo de coalizão.
Ele afirmou ainda que a missão dos parlamentares é de “paz” e que espera poder contribuir para que, ao final, haja uma saída pacífica à crise. “Nossa preocupação, em princípio, é com a embaixada e as relações da comunidade brasileira em Honduras”, disse Jungmann, acrescentando que “a preocupação mais geral é que Honduras possa superar a crise pacificamente, rapidamente”.
Os congressistas visitarão ainda nesta quinta-feira a embaixada do Brasil, para verificar a situação no local e conversar com o pessoal diplomático, revelou Jungmann. A delegação brasileira se reunirá ainda com o Congresso, partidos políticos e a Igreja Católica.
A missão inclui ainda Mauricio Rands, Bruno Araújo, Cláudio Cajado, Ivan Valente e Janete Pietá. O deputado Valente, do PSOL, destacou que o Congresso brasileiro espera que haja uma “solução política” antes do fim do prazo de dez dias dado pelo governo interino para que o Brasil defina o status de Zelaya na embaixada.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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