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Em defesa da indústria, apesar da crise

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Empresários e trabalhadores do comércio e da indústria contam com o apoio de entidades representativas que viabilizam subsídio estrutural às atividades dos setores desenvolvidas no Estado. Com histórias que alcançam mais de seis décadas, a Fecomércio-AM (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amazonas) e a Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) buscam impulsionar o nível competitivo das empresas instaladas na capital, assim como defender os interesses do setor produtivo, atentando para as necessidades de diversificação das atividades econômicas. Lazer, esporte, cultura, saúde e assistência social também fazem parte dos diversos atributos disponibilizados à sociedade e principalmente aos trabalhadores dos segmentos comercial e industrial.

Neste ano, a Fieam completou 57 anos de atuação no Estado. A federação abrange a operação do Sistema S por meio do Sesi (Serviço Social da Indústria) e do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), instituições voltadas à capacitação da mão de obra para atuação industrial e também ao suporte social, além de esportes, cultura e lazer. De acordo com o presidente da Fieam, Antônio Silva, durante os 57 anos a federação tem como missão defender os interesses do segmento industrial amazonense.

Ele enfatiza que ao longo de quase seis décadas a Fieam tem defendido a reforma estrutural da economia com o propósito de criar bases sólidas e ao mesmo tempo tornar o país competitivo e aberto aos investimentos de longo prazo. Porém, o empresário lamenta os problemas econômicos e menor demanda produtiva decorrente da recessão econômica nacional. “Ao chegarmos aos 57 anos temos a oportunidade de refletirmos sobre o papel que temos exercido nas últimas décadas quanto à defesa dos interesses do segmento industrial no Estado. Hoje, vivenciamos um momento de crise nacional ocasionada pela corrupção política. Saímos de um cenário de expansão para uma profunda recessão que contaminou todos os agentes econômicos”, disse.

“Durante todos esses anos a Fieam defende toda a reforma estrutural da economia para criar as bases sólidas de um país competitivo e aberto a investimento de longo prazo. São medidas que temos adotado para reduzir fragilidades da economia frente ao cenário externo com menor dependência de alguns setores. Temos atuado na defesa dos interesses do setor produtivo do Estado e sempre atentos às necessidades de diversificação da atividade econômica, especialmente do potencial natural”, completou.
Silva destacou que com a aprovação da reforma trabalhista as federações deixarão de receber investimentos por parte dos sindicatos filiados. O empresário informa que os cortes implicarão na diminuição de cerca de 30% do orçamento, mas assegura que apesar do impacto negativo, as atividades serão mantidas assim como todo o quadro de colaboradores. Os repasses feitos pelo Sistema S, que neste caso, envolve Sesi e Senai, permanecerão inalterados, conforme legislação. “Estamos analisando para verificar o que vai acontecer daqui para a frente, devido a esse corte no orçamento. A alternativa a partir de agora será conter custos. Não teremos alterações nas atividades”, assegurou.

O início
A Fieam foi fundada por cinco empresários, todos presidentes de sindicatos. Foram eles: Antônio Andrade Simões, Petrônio Augusto Pinheiro, Francisco das Chagas Menezes, Alcides Ramos Paes e Moysés Benarrós Israel (in memoriam). “Eles tiveram a visão de fundar a federação para viabilizar a defesa dos interesses produtivos. Consequentemente, esses empresários ajudaram a construir e contribuíram para o desenvolvimento econômico e social do Estado”, expressou Silva.

Com uma história de 63 anos na defesa dos interesses do empresariado do comércio amazonense, a Fecomércio-AM, presidida por José Roberto Tadros, conta com um corpo técnico de atuação nos campos econômico, jurídico, social e administrativo pronto a oferecer suporte aos empresários. Segundo o empresário, a redução nos investimentos repassados à entidade impactarão negativamente na atuação da federação.

Ele enfatiza que tanto as federações patronais como as laborais, como os sindicatos, terão que buscar novos caminhos ou alternativas para garantir a manutenção estrutural das atividades. “O menor repasse de recursos financeiros gera redução na capacidade de investimento e de dispor de um corpo técnico subdividido em setores econômico, jurídico, social e administrativo. Teremos que encontrar outros caminhos. Teremos reunião entre os empresários do setor para analisar como ficará a situação”, informou.

Em relação ao sistema S, que no caso da Fecomércio abrange o Senac e o Sesc, que atendem aos trabalhadores do comércio assim como a população em geral, no período de janeiro a julho deste ano foram atendidos 60.455 pessoas. O sistema disponibiliza qualificação da mão de obra, assistência médica, de esporte, atividades de lazer, cultura e ensino pedagógico.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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