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Elza Soares morre aos 91 anos

Ela morreu de causas naturais em casa no Rio de Janeiro nesta quinta (20).

Uma das maiores cantoras do Brasil, ela lançou 34 discos com mistura de samba, jazz, eletrônica, hip hop e funk

Elza Soares morreu aos 91 anos nesta quinta-feira (20), no Rio de Janeiro. “É com muita tristeza e pesar que informamos o falecimento da cantora e compositora Elza Soares, aos 91 anos, às 15 horas e 45 minutos em sua casa, no Rio de Janeiro, por causas naturais”, diz o comunicado enviado pela assessoria da cantora.

“Ícone da música brasileira, considerada uma das maiores artistas do mundo, a cantora eleita como a Voz do Milênio teve uma vida apoteótica, intensa, que emocionou o mundo com sua voz, sua força e sua determinação.”

“A amada e eterna Elza descansou, mas estará para sempre na história da música e em nossos corações e dos milhares fãs por todo mundo. Feita a vontade de Elza Soares, ela cantou até o fim.”

Empresário conta que Elza Soares falou a familiares em seus últimos momentos: ‘Acho que vou morrer’

Cerca de 40 minutos após a fala, a cantora foi perdendo as forças, fechou os olhos e morreu, segundo Pedro Loureiro: ‘Foi uma morte tranquila, sem traumas, sem motivo’.

“Ela estava bem, gravou o DVD no dia 17 e 18 de janeiro. Acordou hoje e fez fisioterapia. Tudo normal. A gente até percebeu um leve cansaço nela, uma respiração mais ofegante, mas achamos que foi por causa da fisio”, lembra Pedro.

Ele conta ainda que depois desse momento, Elza pediu para descansar e começou a apresentar a fala um pouco embolada. O fato chamou atenção de Pedro e de outros familiares que estavam com ela. Mas Elza brigou com eles garantindo que estava bem.

Um tempo depois, a cantora dirigiu-se aos familiares e disse: “Eu acho que eu vou morrer”.

História

Elza Soares mexeu com a estrutura dos gêneros da música popular

“Vim do planeta fome”. A resposta de Elza Soares a Ary Barroso em seu programa de rádio, em 1953, na primeira vez em que se apresentou ao vivo, é um dos momentos mais lembrados da carreira da cantora, que faleceu nesta quinta-feira (20), aos 91 anos.

Esse cartão de visita já mostrava o tom provocador e destemido, que marcou toda a trajetória dessa artista carioca, que ficou famosa, não só pela voz potente, mas também pela postura.

Naquele dia, na Rádio Tupi, Elza se apresentou e emendou uma interpretação da canção “Lama”, de Paulo Marques e Aylce Chaves: “Se quiser fumar, eu fumo / se quiser beber, eu bebo”, entoavam os versos, que se tornariam marcantes.

Elza atravessou o século 20 experimentando sua música com gêneros como o samba e o jazz, e chegou aos anos 2000 com disposição renovada, colaborando com artistas jovens e propondo um discurso contemporâneo.

Lílian Araújo

É Jornalista, Artista, Gestora de TI, colunista do JC e editora do Jornal do Commercio
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