A corrida rumo às eleições 2020 para o Sistema Confea/Crea e Mútua, programada para a próxima quarta-feira (15), foram adiadas. A Justiça barrou o pleito, após vários Estados alegarem que não podia haver votação presencial por causa da pandemia. Eles solicitaram a suspensão, dado que muitos ainda estão em situação de quarentena.
A nova data ainda será divulgada “em tempo oportuno”, segundo a Comissão Eleitoral Federal. Ainda no mesmo comunicado, a Comissão esclarece que todos os seus atos e das respectivas Comissões Eleitorais Regionais (CER) são juridicamente perfeitos, válidos e eficazes.
O Processo Eleitoral 2020 permanece em curso e a suspensão da data atende a Ordem Liminar contida nos autos nº 1033688-52.2020.4.01.3400. A nova data ainda será divulgada “em tempo oportuno”, segundo a Comissão Eleitoral Federal.
“Ressaltamos que permanecerão sendo adotadas todas as medidas preventivas apontadas pelos órgãos de saúde (protocolo sanitário) em favor de todos os profissionais”, finalizou a nota.
Na esfera estadual, para o cargo de presidente do Crea-AM (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas), estão na disputa três candidatos ao cargo os engenheiros civis, Afonso Luiz Costa Lins Júnior que busca a reeleição, Cláudio José Ernesto Machado (Machadão) e o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Soares de Magalhães. Quem for eleito, assume o mandato no triênio 2021/2024.
O atual presidente do Crea-AM, Afonso Lins que vem para reeleição defende várias propostas entre elas a ampliação a fiscalização contra as empresas que contratam engenheiros como analistas para não pagarem o piso salarial. “Faremos um concurso público no primeiro semestre de 2021, justamente para aumentar a equipe de fiscalização”.
Ele diz que pretende envolver-se cada vez mais na luta pela valorização do profissional e abrir possibilidades de empregabilidade. E destaca que na sua gestão comprou um edifício ao lado do Crea, a ideia é que o local seja um espaço de coworking para os profissionais que não dispõem de um escritório. “Vamos ajudar também com a ampliação do Crea Mais Oportunidades. Robôs vão vasculhar a internet atrás de vagas de emprego, editais de concurso e de licitação. Estas ofertas vão chegar no email cadastrado dos profissionais”.
Afonso tem mais propostas relacionadas a tecnologia. “A Minerva será uma inteligência artificial capaz de ajudar o profissional no preenchimento da ART. A ideia é que o profissional possa fazer tudo no seu telefone celular”.
Para ele o período eleitoral é o momento propício para ouvir os profissionais, para discutir ideias, para debater propostas, apresentar o que foi feito e dialogar sobre o que pretende-se fazer.
Sobre a disputa em busca de uma reeleição ele declara que iniciou um processo de mudança dentro do Conselho. Só neste ano, conseguiu aprovar o registro de sete instituições de ensino e quatro entidades de classe. “Com o registro, elas poderão indicar conselheiros a partir do ano que vem. Tudo isso dá mais pluralidade ao Conselho e tirar o poder de duas entidades que indicavam quase 2/3 de todo o Plenário. Toda mudança enfrenta resistência, mas a maioria dos profissionais quer que essa mudança continue”. Engenheiro Civil, Economista e Bacharel em Direito, Afonso Lins Costa, 52, está no terceiro mandato o que deve acirrar a disputa ao cargo.
Um dos projetos do programa de trabalho em um possível comando frente ao cargo, o engenheiro civil Cláudio Machado, conhecido como Machadão, pretende implantar um sistema de gestão transparente participativo e eficaz priorizando a melhoria continua dos processos. Criando o Crea Desburocratiza que visa dar mais celeridade nas emissões de documentos oriundos da atividade cartorial do Conselho. Entre outras propostas ele apresenta o acompanhamento do Conselho nas políticas públicas de ordenamento urbano da região Metropolitana do Estado. Ele também é engenheiro de segurança do trabalho, funcionário público federal (Engenheiro de tecnologia militar do Ministério da Defesa) e especialista em projetos e licenciamento ambiental.
No entendimento dele, a importância é possa alternar a atividade profissional e modificar a forma que vem sendo administrada o Crea pelos últimos 18 anos. “Deixando que o Crea seja utilizado como trampolim político. Essa é a importância das nossas eleições elegendo um profissional de engenharia para responder pela diretoria do Conselho”.
O outro que concorre ao cargo é o engenheiro agrônomo, Carlos Alberto Magalhães, que atua na área há 24 anos, extensionistas rural há 22 anos, ex conselheiro do Crea Amazonas por três mandatos, já foi coordenador da Câmara de Agronomia do Crea-Am por dois mandatos, é diretor licenciado da Associação dos Engenheiros Agrônomos do estado do Amazonas. A sua principal proposta é a defesa e a valorização dos profissionais do sistema Confea/Crea.
“Precisamos de um conselho que atue em defesa da sociedade pelo exercício legal da profissão da engenharia e Agronomia, evitando com isso a atuação de leigos e execução de atividades que não tenha um responsável técnico, evitando com isso riscos à sociedade”.
Eleição
Além da eleição para presidente do Crea Amazonas, o profissional da Engenharia, Agronomia e Geociências (Geologia, Geografia e Meteorologia) votará também para presidente do Conselho Federal e diretores da Mútua (a Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea). O Conselho tem hoje mais de 24 mil profissionais registrados. o pleito será por meio do voto direto dos profissionais que integram as modalidades Engenharia e Agronomia.
Como o voto não é obrigatório para cerca de 10 mil profissionais estão aptos a participar do pleito como eleitores e o número de abstenções deve ser elevado em virtude do temor da Covid19, a expectativa é de que a votação seja apertada e de que qualquer voto faça a diferença no cômputo geral que irá definir os vencedores.