Segundo Alvin Toffler estamos na Terceira Onda, ou seja, na era do conhecimento. As empresas dependem cada vez mais do conhecimento como principal fator de produção, em substituição à terra e aos equipamentos, que caracterizaram a revolução agrícola e a revolução industrial. Hoje é necessário ter colaboradores com formação específica em uma área do conhecimento, mas também com uma visão geral do seu negócio e do mercado onde a empresa está inserida. Uma opção é buscar esse funcionário no mercado, já pronto para assumir uma posição de liderança e de gestão, e outra é formar os próprios executivos. Neste ponto, um curso preparado exclusivamente para a empresa poderá agilizar a formação destes colaboradores, na medida em que mescla assuntos gerais com os temas específicos vividos diariamente pela empresa. Podemos chamar a este processo de Educação Corporativa.
Um grande diferencial é que estes cursos estão focados no ensino e não no aprendizado. A diferença é sutil, porém de resultados distintos. Um curso focado no aprendizado tem os melhores professores, tem as melhores condições para o professor dar sua aula. Neste modelo, o aluno deve fazer o possível para acompanhar o ensinamento e caso não consiga, foi falha sua, porque a instituição colocou ao seu dispor as melhores condições. Encontramos este modelo nas instituições mais famosas de ensino. Na outra ponta, um curso com foco no ensino determina que o professor é responsável por buscar no aluno o ponto certo de sua dúvida e saná-la adequadamente.
Este modelo é encontrado nos chamados professores particulares, que são contratados para suprir as falhas do ensino normal. É este modelo que deve ser adotado no processo de Educação Corporativa. Diferença sutil, porém fundamental para aluno.
Que vantagens a empresa terá com a implantação deste processo? Em primeiro lugar, não ficará na dependência de procurar e encontrar alguém que esteja disponível no mercado de trabalho. Em segundo lugar, ela participará da formação do curso, juntamente com a instituição de ensino parceira no processo, e poderá apontar quais as principais deficiências que espera corrigir em seu grupo de funcionários. Em terceiro lugar, ela implantará uma linha básica de raciocínio dentro da empresa, com seu quadro de funcionários falando a mesma linguagem e tendo uma linha de conduta que tenda para a consecução de objetivos comuns. Finalmente, ela terá a oportunidade de encontrar soluções mais adequadas aos seus problemas, uma vez que eles serão discutidos em sala de aula juntamente com os professores que são “experts” em cada matéria. Ao final disto, poderemos até concluir que o processo de Educação Corporativa se torna um diferencial competitivo fundamental para o desempenho da empresa frente aos seus concorrentes, na medida em que seu corpo funcional estará mais capacitado e coeso do que os das demais empresas do mercado. É a Era do Conhecimento.
Algumas empresas estão criando suas próprias estruturas de ensino, contratando professores e psicólogos para monitorar o conhecimento dentro da empresa e criar cursos para sanar deficiências a partir da percepção obtida pelo seu Planejamento Estratégico. Nós chamamos a isto de Gestão de Competências. O objetivo é utilizar a Educação Corporativa como uma ferramenta de aprimoramento e de desenvolvimento de competências essenciais no processo de implantação de estratégias na empresa. Outras empresas estão fazendo parcerias com escolas e institutos de ensino para que tenham, através de um trabalho conjunto, um aprimoramento de seu pessoal. Outras, ainda, estão subsidiando os custos do ensino para seus funcionários, arcando com o custo de mensalidades e matrículas ou mesmo com parte destes custos.
Para ter um curso sob medida, primeiramente a empresa deve se conscientizar da necessidade deste processo. Somente assim poderá confiar seus funcionários a um instituto de ensino. Ela deve, em seguida, procurar um estabelecimento de ensino que tenha experiência na forma
