A taxa básica de juros, a Selic, deve ser elevada em 0,25%, para 12,50% ao ano, pelo Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), nesta quarta, 20. É o que indica o levantamento com 74 instituições do mercado financeiro, das quais apenas uma, a Funcef (Fundação dos Economiários Federais), trabalha com estabilidade.
Entretanto, entre o que os analistas acreditam que o Copom fará e o que acham que deveria fazer, há grande diferença. Muitos afirmam que, se tivessem direito a voto, considerando o patamar da inflação dos serviços no acumulado de 12 meses (8,75%), elevariam o ritmo de aumento dos juros ou manteriam o gradualismo, com aumentos de 0,25% por reunião num período de tempo mais prolongado, desde que acompanhado de mais medidas macroprudenciais, incluindo novos aumentos do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre operações de crédito e compulsório.
“A melhor alternativa seria elevar o ritmo de ajustes, em vez de prolongar o aumento de 0,25%. Uma alta de 0,50% seria mais interessante e potencializaria os efeitos”, avalia o gerente de Análise Econômica e Riscos de Mercado do Banco Cooperativo Sicredi, Alexandre Barbosa.
“Eu já teria dado alta de 0,50% lá atrás, quando eles decidiram mudar para 0,25%. Se tivessem mantido o ajuste de meio ponto, hoje nem precisaria fazer mais nada e o BC só aguardaria os efeitos da política monetária”, afirma a economista do Cruzeiro do Sul Corretora, Márcia Dantas.
O professor de economia da PUC-RJ e sócio da Opus Investimentos, José Márcio Camargo, diz que só vê duas alternativas: ou o BC alonga o processo de aumento para poder manter elevações graduais de 0,25% ou eleva o ritmo de altas para 0,50%. “O mercado de trabalho e renda seguem aquecidos, alimentando a inflação de serviços”, concluiu.
Economistas esperam alta de 0,25% na taxa Selic
Redação
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