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Economist defende fim da tarifa ao álcool

Intitulado Lean, green and not mean (Enxuto, verde e bom, em tradução livre), o texto disse que os argumentos em favor do fim da tarifa de US$ 0.54 por galão (cerca de R$ 0.22 por litro) “foram fortalecidos pela alta no preço do petróleo e pelas enchentes que destruíram as lavouras de milho no Meio Oeste” dos EUA, usadas para produzir álcool no país.
“Isso fez com que os preços do milho subissem muito e tornou a idéia de subsidiar a lavoura para produzir álcool uma idéia ainda pior do que era antes, visto que, em vez disso, há um álcool mais verde e barato que os Estados Unidos poderiam comprar do Brasil”.
A revista defende o álcool brasileiro das críticas mais comuns feitas a ele, como a de que a produção do biocombustível teria colaborado para o aumento mundial no preço dos alimentos e incentiva produtores a devastar trechos de floresta amazônica para aumentar sua área para plantação.
“Tais preocupações são aparentemente prematuras”, diz o artigo, argumentando que a área reservada para produção extensiva de gado é muito maior que a dedicada à cana e que a lavoura pode aproveitar áreas de pasto degradadas com “pouco ou nenhum efeito sobre o preço da carne”.

“Protecionistas hipócritas”

Além disso, a revista diz que a maior parte do álcool brasileiro é produzida em canaviais “a milhares de quilômetros da Amazônia, no Estado de São Paulo ou no Nordeste”.
A Economist reconhece que, no Brasil, os trabalhadores que atuam na colheita da cana enfrentam condições duras e que houve casos de pessoas sendo submetidas a condições de semi-escravidão – outra crítica feita à produção do álcool no Brasil.
“O corte da cana é um trabalho de quebrar as costas, e todo ano algumas pessoas morrem durante a colheita”, diz o artigo, que ressalta, entretanto, que outros tipos de lavoura matam mais trabalhadores rurais no Brasil.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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