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Economia vai crescer menos em 2009

A decisão do Banco Central de promover um aumento maior dos juros na semana passada afetou a previsão dos economistas e analistas do mercado financeiro para 2009, segundo a pesquisa semanal do Banco Central, conhecida como relatório Focus.
Na última quarta-feira, o BC aumentou os juros de 12,25% para 13% ao ano. Foi o maior aumento desde o início do governo Lula, numa tentativa de trazer a inflação de volta para o centro da meta no próximo ano.
Os economistas reduziram as expectativas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano de 4% para 3,9%. Para 2008, foi mantida a previsão de 4,8%.
Foi mantida a previsão de que a taxa básica de juros (Selic) termine 2008 em 14,25% ao ano, feita na semana passada. Isso significa que o aumento maior dos juros agora significará uma alta menor nos próximos meses.
Para o final de 2009, a estimativa para a taxa de juros Selic da economia subiu de 13,75% ao ano para 14% ao ano, prevendo aumento maior dos juros no próximo ano.
Em relação à inflação, as previsões para 2008 subiram. Para 2009, houve queda em alguns indicadores.
A expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) 2008, que serve como meta de inflação, subiu pela 18ª semana seguida.
O IPCA deve fechar o ano a 6,58%, acima dos 6,53% esperados até a semana passada. Se confirmado, o indicador ficaria acima do teto da meta de inflação calculado para esse ano, que é de 6,50% (meta de 4,5% com dois pontos percentuais de tolerância tanto para cima como para baixo).
A expectativa do mercado para o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) subiu de 12,03% para 12,18%; e o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) teve a previsão aumentada de 11,96% para 12,04%.
A expectativa para o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica) passou de 6,51% para 6,69%. Para o ano de 2009, a previsão para o IPCA ficou em 5%, acima do centro da meta, mas ainda dentro da margem de tolerância.
Para o IGP-M, a taxa se manteve em 5,5%. Houve mudança em relação ao IGP-DI, de 5,39% para 5,37%, e do IPC-Fipe, de 4,7% para 4,55%.

Inflação recua e fica em 0,56%

O IPC (índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP) voltou a apresentar desaceleração, ficando em 0,56% na terceira leitura prévia deste mês, contra 0,59% da leitura imediatamente anterior. O índice divulgado ontem é o menor desde o fim de abril, quando houve alta de 0,54%. Os dados foram divulgados ontem.
Os preços dos alimentos mantêm a tendência de queda, tendo registrado alta de 1,55% (menor alta desde a primeira quadrissemana de maio, quando houve alta de 1,23%), contra 1,85% na leitura da semana passada. O índice abriu o mês de julho com alta de 2,34%. A categoria Alimentação contribuiu com 62,41% na composição do índice, contra 70,48% na semana passada.
A categoria Habitação apresentou o mesmo índice de deflação da semana passada, 0,11% (menor índice do grupo desde o encerramento de novembro de 2007, quando houve deflação de 0,15%).
A categoria Transporte teve novo avanço, passando de alta de 0,17% na semana passada para 0,30% na leitura apresentada ontem. Na categoria Vestuário os preços recuaram para uma deflação de 0,13%, contra ligeira variação positiva de 0,09% na semana passada -o indicador abriu este mês com alta de 0,34%. Na categoria Despesas Pessoais os preços tiveram nova alta, indo de 1% para 1,23% -maior índice desde a segunda quadrissemana de janeiro de 2007, quando a alta foi de 1,39%. Na categoria Saúde os preços tiveram ligeiro avanço, ficando em 0,77%, contra 0,74% na semana passada. Na categoria Educação os preços desaceleraram para 0,05%, contra 0,07% na semana anterior. O IPC da Fipe mede a variação dos preços no município de São Paulo de famílias com renda até 20 salários mínimos.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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