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Economia Digital no Amazonas em pauta no Visão JCAM

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O Visão JCAM realizou, ontem, mais uma live do programa que debate sempre assuntos de interesse sobre as grandes potencialidades regionais para alavancar o desenvolvimento econômico e social, agregando mais empregos e renda à população.

Desta vez, o tema abordado foi ‘Economia Digital’, um assunto que ganha cada vez mais importância e maior visibilidade com a inovação tecnológica, principalmente no parque industrial do Amazonas, onde empresas dos mais diversos segmentos operam, hoje, processos de automação altamente sofisticados.

Sob a mediação dos jornalistas Caubi Cerquinho e Fred Novaes, diretor de redação do Jornal do Commercio, os debates reuniram o empresário Olímpio Neto, CEO da empresa Petit Fabrik, referência nacional na produção de games, e Manuel Cardoso, professor de engenharia elétrica e de software da Ufam (Universidade Federal do Amazonas). E ainda o geólogo Daniel Nava, coordenador técnico do Visão JCAM.

Com 38 anos de vida acadêmica e dono de 60 patentes sobre a criação de novos produtos tecnológicos dos mais diversos ramos da indústria, o professor Manuel Cardoso ressaltou que a inovação tecnológica é crucial para a sobrevivência das empresas num mundo cada vez mais digital como o de hoje.

Segundo Manuel Cardoso, hoje a economia digital eliminou questões sobre distâncias e necessidades de infraestruturas logísticas pelos métodos tradicionais empregados nas atividades econômicas.

“A internet superou essas barreiras físicas. Com apenas um smartphone, podemos realizar operações financeiras e operacionalizar processos industriais com tecnologia inteligente”, afirma o professor, hoje uma das maiores referências quando o assunto em foco é inovação e evolução tecnológica. Ele prevê a morte do celular em breve para dar lugar a um aparelho mais sofisticado que será operado virtualmente.

Cardoso reúne no currículo como responsável pela formação de muitos alunos que hoje são grandes empreendedores na Europa e nos Estados Unidos, alguns sendo inclusive professores das universidades de Harvard (EUA) e Manchester (Inglaterra).

De acordo com o professor, qualquer empresa que não investe constantemente em inovação tende a sumir de um mercado cada vez mais competitivo. “Nos últimos 20 anos, a partir de 2000, essa relação das empresas com os consumidores mudou muito. O e-commerce evoluiu tanto que se pode comprar uma infinidade de produtos sem a necessidade de sair de casa”, acrescenta Cardoso.

Grande potencial

O empresário Olímpio Neto, CEO da Petit Fabrik, disse que as oportunidades de realização de grandes negócios são gigantescas no mercado de inovação tecnológica, cada vez mais exigente e competitivo. Segundo ele, só o segmento de games movimentou pelo menos US$ 60 bilhões durante a pandemia em todo o mundo desde o ano passado.

“Antes desconhecidos por grande parte da população, os jogos eletrônicos se tornaram mais populares, possibilitando agregar mais investimentos e aumentar a produção para atender à demanda. O fato de as pessoas ficarem mais confinadas em casa alavancou os negócios”, afirmou Olímpio Neto.

Se o mercado exige a cada dia mais métodos tecnológicos avançados, a oferta de mão-de-obra não vem acompanhando, porém, essa demanda. É que faltam profissionais qualificados para operacionalizar uma indústria muito sofisticada. Disputadas a ‘tapas’, as expertises muitas vezes vêm de outros Estados e até de outros países.

“Estamos muito atrasados nessa corrida tecnológica de última geração. As universidades deveriam dar a contrapartida necessária para alavancar as atividades da economia digital”, acrescenta o CEO da Petit Fabrik. “Todo mundo está hoje inserido nessa economia digital, até mesmo como consumidor”.

O geólogo Daniel Nava lembrou que os processos de inovação vêm ditando os rumos da nova economia que se consolida no mercado. “Vivemos num mundo cada vez mais transformador, mas é preciso também criar condições para que a manipulação de todos esses recursos esteja mais acessível à população. Estamos mais inseridos nessa era digital”, enfatizou.

O professor Manuel Cardoso disse que a indústria 4.0 fará praticamente tudo, mas jamais dispensará a empatia humana no processo industrial. “No final, sempre caberá ao homem dar continuidade a esses sistemas tão sofisticados”, afirmou.

Cardoso já desenvolveu vários mecanismos tecnológicos para empresas nacionais e do exterior, mas exige que esses novos métodos sejam produzidos no Amazonas. “É uma forma de possibilitar que os conhecimentos gerem mais empregos e renda à população do Estado”, disse.

Ele disse ter criado novas tecnologias que hoje são usadas na China, derrubando o mito de que o Amazonas é um mero montador de produtos manufaturados. “Somos capazes de produzir tudo aqui, mas gargalos políticos e governamentais nos deixam engessados. Precisa mudar”, disse ele. “Existe necessidade de PPB pra quase tudo”, acrescentou o professor.

A empresa Petit Fabrik, do empresário Olímpio Neto, surgiu de uma pequena porta no bairro Coroado, zona leste de Manaus. E hoje desenvolve e exporta games para o mercado nacional e até para o exterior.

“Tudo isso mostra que um pequeno empreendedor pode se transformar sabendo conduzir bem a empresa e aproveitando as novas oportunidades de negócios”, diz Neto.

Foto/Destaque: Divulgação

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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