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É preciso legislar sobre influenciadores digitais

É preciso legislar sobre influenciadores digitais

Com as novas tecnologias, a propaganda em massa se transfere, de modo significativo, da televisão e do rádio para a tela de computador ou smartphone. Nesse sentido, surge uma nova forma de fazer propaganda, de anunciar um determinado produto.

A partir disso, uma nova maneira de trabalhar e ganhar dinheiro no meio digital nasce, a nova profissão conhecida como influenciador digital, ou “formador de opinião”, como muitos chamam.

A popularização do acesso à internet, principalmente nos últimos anos, revolucionou e dinamizou a comunicação, acelerando e modificando o processo de transmissão e recepção de informações. Diante da difusão de saberes na era da conectividade, em que a maioria não consegue viver sem internet e confia todos os seus dados a ela, o marketing como forma de propaganda tomou novos contornos, tendo em vista o aumento do tempo médio de conectividade de usuários das plataformas sociais.

O surgimento constante de novas redes sociais digitais também é fato que induz o surgimento de cada vez mais formadores de opinião, possibilitando generosa remuneração para todos que busquem trabalhar no ramo. Em 2004, o Facebook foi disponibilizado na rede e logo depois, em 2010, o Instagram. Com o grande sucesso desses aplicativos, novos surgem diariamente, permitindo que os influenciadores possam levar sua prática para diferentes plataformas, de maneira a potencializar seu crédito e prestígio na rede.

Assim, se faz necessário avaliar o nível de responsabilidade desses influenciadores, principalmente em casos de induzimento ao uso de produtos que afetam a saúde, ou no anúncio de marcas que não atendem aos padrões de qualidade, expectativa, utilidade, prazo ou demais elementos interligados ao consumo e lesões patrimoniais tutelados pelo Código de Defesa do Consumidor.

No Brasil, entretanto, ser influenciador digital ainda não é uma ocupação classificada pelo Ministério do Trabalho, fato que prejudica o estabelecimento de suas obrigações.

Fica claro o grande impacto que as propagandas veiculadas por redes sociais têm nos dias atuais, sendo necessária a existência de regulamentação que torne esse ambiente mais seguro aos consumidores de conteúdo.

O reconhecimento da responsabilidade civil dos influenciadores digitais é um grande passo de nosso ordenamento jurídico em relação aos novos tipos de relação social advindo da era da sociedade da informação.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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