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E o relacionamento interpessoal?

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Ter uma graduação, especialização, mestrado é muito importante para o mundo do trabalho. Falar um, dois ou mais idiomas também fazem muita diferença. Estar atualizado com cursos de aprimoramento são capazes de manter a sensação de adequação para requisitos de conhecimentos indispensáveis para realização das tarefas específicas, mas de tudo, o que valerá se não for capaz de manter relações com as pessoas de forma positiva e saudável? Se não tiver a habilidade de interagir em equipe compreendendo e dando relevância aos feitos individuais e coletivos com genuíno interesse? 

Quando falamos de relacionamento interpessoal também estamos nos referindo a uma inteligência, embora muitos ainda estejam nos conceitos de que inteligência refere-se apenas ao conhecido QI (Quociente de Inteligência) que havia basicamente a medida por testes cognitivos, focados na habilidade de raciocínio. Hoje, estamos com estudos avançados na direção de entender e reconhecer outras inteligências, dentre elas a interpessoal.

Este olhar iniciou-se com Howard Gardner, um renomado psicólogo e professor da Universidade de Harvard, surgiu com o que ficou conhecido como a teoria das inteligências múltiplas que hoje darei maior destaque para esta que refere-se como  habilidade de relacionamento com outras pessoas, que tanto tem sido demanda em todos os nossos ambientes off line e on line e que pode ser perfeitamente percebida, avaliada e por tanto também desenvolvida.

Você já deve ter escutado falar ou lido algo como: as pessoas são contratadas por suas habilidades técnicas e demitidas por seus comportamentos. Muitos estudos já comprovaram e nossa rotina em ambientes organizacionais de forma empírica também comprovam esta constatação. Quando falamos que são demitidas por comportamentos, quase sempre estão ligadas a uma ou mais evidências dessas principais características que são mapeadas em pessoas com inteligência interpessoal, que eu posso resumir como: ter empatia, compreender as emoções alheias, serem simpáticas, entenderem as normas sociais, possuírem facilidade de interação com os outros, serem bem-humoradas, conseguirem estabelecer uma relação de confiança com rapidez, serem bons comunicadores, ter habilidade de liderança, possuir habilidade de conectar-se com outras pessoas, conseguir reduzir a tensão e promover harmonia, saber utilizar-se de tato e diplomacia nas relações, praticar escuta ativa para compreender as demais pessoas, dentre outras características de quem consegue com facilidade manter interação mesmo com as diferenças individuais. 

Podemos perceber que uma pessoa com forte inteligência interpessoal tem maior habilidade para entender as outras pessoas, suas emoções, necessidades, motivações e intenções. Sabe como se relacionar com elas de forma a criar um ambiente favorável para a relação. Dessa maneira, é uma pessoa que consegue gerenciar suas relações com mais efetividade. 

Tem facilidade para conquistar amigos e habilidade para lidar com pessoas que são apontadas como difíceis. Alguém com habilidade interpessoal consegue expressar seus desejos e vontades com clareza e sem ofender ou conquistar antipatia dos outros.

Quero escrever no sentido de afirmar mesmo que se todos nós estivéssemos mais dispostos a reconhecer o que falta desta inteligência em nós e nos empenhássemos para desenvolvê-la, teríamos mais harmonia em nossos lares, entraríamos em equipes para maior performance, estaríamos em empresas menos adoecidas pela rivalidade, travaríamos dia a dia a construção de uma sociedade mais humana e consequentemente mais feliz.

Eu amo e acredito muito no desenvolvimento de habilidades técnicas e estou frequentemente em formações direcionadas para aumentar minhas capacidades de especialista, mas sou militante para o tratar das emoções e com elas a Inteligência intrapessoal (não falamos dela, mas podemos tratar em um artigo direcionado), por consequência lançarmos movimentos para o desenvolvimento da inteligência interpessoal.

E é possível desenvolver esta inteligência? Sim. Algumas dicas importantes para este desenvolvimento cabem na palma da mão ao nos colocarmos em situações que estimulem e instiguem ela aparecer em nossos comportamentos, como:

  1. Encontre momentos de interação com as pessoas: Estamos em uma época em que muitos estão escondidos atrás da tela do celular ou do computador, impedido do contato pessoal. Quanto mais você conversar e interagir com gente, mas fortalecerá a capacidade de se relacionar e entender o que falta para ter relações ainda mais harmônicas, abertas, confiáveis.
  2.  Gere trabalho em grupo: Quando estamos envolvidos em projetos coletivos, podemos praticar a comunicação, a troca de ideias e a colaboração. São em momentos em equipe que poderá estimular a troca, administração de conflitos, escuta ativa e outras evidências para aumentar sua relação com pessoas diferentes de você.
  3. Pessoas diferentes mostram perspectivas diferentes: Quanto mais suas relações estão compostas de pessoas que pensam, agem, resolvem problemas, tem credos, interesses, gostos e outras escolhas diferentes da sua, tão mais vai conseguir ter uma variedade de reações de compreensão, empatia e aprimoramento de seus sentidos em sentidos diferentes.
  4. Compartilhe conhecimento: Ajudar as outras pessoas ensinando o que você sabe e compartilhando suas competências, poderá mostrar a disposição em avançar na direção de contribuir com a formação de outros na medida que aprimora suas habilidades de se fazer entender, procurar técnicas diferentes das suas para aprender e outras capacidades de oratória e exposição de pensamentos.
  5. Pratique a empatia: sei que este item é bem subjetivo, mas colocar-se no lugar do outro tentando atender suas necessidades porque você se importa em realmente satisfazer as expectativas de alguém e não somente agradar a si mesmo pode mostrar uma forma de conexão primorosa em suas emoções.

Essas 5 dicas já ajudarão a iniciar um processo de crescimento em suas relações interpessoais, despertando ainda mais esta inteligência em você, mas vale lembrar que são ações com autenticidade, interesse real e muito bom humor para ser flexível nas interações em vez de fincar o pé na sua forma de pensar. Vale a pena tentar!!!

Cintia Lima é Psicóloga, Master Coach e Mentora Organizacional [email protected] – 92 981004470

Cíntia Lima

é Psicóloga, Master Coach e Mentora Organizacional [email protected] - 92 981004470
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