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Dupont/BP vai produzir novo biocombustível

Um novo biocombustível que está sendo produzido por uma Joint Venture entre DuPont e BP pretende atender 20% do mandato de utilização de combustíveis renováveis norte-americano, que fixou a meta de 36 bilhões de galões (135 bilhões de litros) para 2020. Segundo Ricardo Vellutini, presidente da DuPont do Brasil, o novo biocombustí‑ vel, batizado de biobutanol, será um complemento ao etanol já produzido no Brasil. “É mais uma alternativa de diversificação para as usinas do setor sucroalcooleiro do Brasil. Além do açúcar e do etanol, elas também poderão produzir o biobutanol”, explica o executivo. O biobutanol pode ser fabricado a partir de várias matérias-primas, entre elas, o milho, trigo, cana-de-açúcar e até algas.
Vellutini participou, ontem, da inauguração do laboratório de testes para a produção do biobutanol a partir da cana-de-açúcar. A Joint, chamada Butamax, pretende iniciar a produção do biobutanol a partir de cana-de-açúcar no Brasil em escala industrial entre 2013 e 2014. A expectativa é de que um volume de 2 bilhões de galões (cerca de 7,5 bilhões de litros) do produto sejam co‑ mercializados no período entre 2013 e 2020. “A expectativa é de exportar o produto brasileiro para os Estados Unidos, para atender o mandato de combustíveis renováveis”, afirmou o presidente da Butamax, Tim Potter. Para Potter, o usineiro poderá produzir etanol para o mercado interno e biobutanol para atender o mercado americano, por exemplo.
Segundo o executivo, em mercados em que o etanol ainda não está disseminado, a alternativa do biobutanol pode ser uma alternativa em função de seu baixo custo de produção, integrando estágios da produção de etanol e reduzindo o custo total. A Butamax já tem pesquisas em estágios mais avançados para a produção de biobutanol a partir do milho. O produto a partir do milho deve começar a ser produzido em escala industrial a partir de 2012. Nos Estados Unidos, a adição de 16% de biobutanol na gasolina já está aprovada pelo governo e não necessita de alterações nos motores dos carros.

Menor custo

Porém, Potter afirma que o biocombustível produzido a partir da cana é o de menor custo e também o que possui mais eficiência energética. “O biobutanol de cana é o que possui melhor relação entre custo e benefício”, disse ele. Apesar de não divulgar valores, o vice-presidente de ciência e tecnologia da Butamax, Tyles Ames, disse que uma usina que investir na produção de biobutanol terá o retorno de seu capital em três anos, além de aumentar a receita total em 30%.
A BP possui 50% da Butamax, compartilhando o controle com a DuPont, que possui os outros 50%. Para a BP, a Joint com a DuPont é uma forma de ampliar sua participação e conhecimento no setor de biocombustíveis. A expectativa da BP é de ser um cliente da Butamax na utilização do biobutanol.
Potter afirmou também que o objetivo é comercializar licenças de produção do biobutanol por usinas do setor mas reiterou que uma participação mais ativa da Butamax, através de participação em usinas não está descartada. “Ainda estamos prospectando quais serão as melhores estratégicas para ampliar a produção de biobutanol”, disse.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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