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Duas rodas ganha pacote emergencial

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Depois de meses de crise e quase 60 dias de espera por uma solução, os fabricantes de bens intermediários e finais do segmento de duas rodas podem respirar mais aliviados.
A Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) e o governo do Estado anunciaram na quinta-feira (30) na abertura da reunião do CAS (Conselho de Administração da Suframa) parte do pacote emergencial que promete dar fôlego ao setor.
A primeira medida, anunciada pelo superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, foi a redução de 50% da TSA (Taxa de Serviço Administrativo) -tarifa paga mensalmente pelos empresários para a autarquia.
De acordo com a assessoria da Suframa, a autarquia recolhe por ano o equivalente a R$ 500 milhões com o pagamento da TSA. A redução representa renúncia de R$ 13 milhões enquanto a medida estiver em vigor. “A medida definida é uma forma de dar um fôlego às empresas enquanto se constrói uma solução estruturante, mais definitiva”, explicou o superintendente.
Nesse primeiro momento, a redução da taxa beneficia as 13 fábricas de bens finais, passando a valer do dia 1º de setembro até o final do ano. Thomaz Nogueira informou que o desenvolvimento e a recuperação das fábricas serão acompanhados e que se necessário, a medida será prorrogada.
Já para os produtores de bens intermediários (componentistas) do segmento, o governo do Estado anunciou a desoneração de 25% do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) da energia elétrica.
“Neste caso, o benefício deve atingir 30 fábricas e o período de validade é o mesmo da redução da TSA”, detalhou o secretário de Estado da Fazenda, Isper Abrahim.

Solução definitiva

As duas medidas emergenciais anunciadas foram definidas como um auxílio aos fabricantes enquanto uma solução definitiva para o financiamento de motocicletas não é finalizada.
O secretário-executivo do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Alessandro Teixeira, informou que em duas semanas, uma reunião sobre o assunto está confirmada em Brasília.
“Será uma reunião importante com bancos públicos e privados. Já confirmamos o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e estamos tentando trazer o Bradesco para discutir uma política de financiamento, o principal problema enfrentado pelo segmento hoje”, disse.
Ele explica que o plano terá um caráter estruturante. “As ações precisam ser prolongadas, portanto queremos um plano de mais longo prazo para que a indústria consiga elevar com tranquilidade a produção e a venda de motocicletas no país. O presidente do Cieam, Wilson Périco, comemorou as decisões anunciadas. “Elas vão ser úteis para resolver não só a questão do faturamento, mas principalmente do emprego”.
Para ele, se a solução para o financiamento for encontrada até o final de setembro, o setor pode sentir a melhoria ainda este ano e resgatar parte dos postos de trabalho perdidos. De acordo com o Sindmetal (Sindicato dos Metalúrgicos de Manaus) mais de 4 mil postos de trabalho -entre os setores de duas rodas e metalúrgicos- foram perdidos de janeiro até agora, em função da crise. “Se resgatarmos a competitividade e a venda de motocicletas com essas três medidas, acredito que conseguiremos resgatar esses 4 mil empregos e até ultrapassar esse número em pouco tempo”, estimou.
Ainda durante a reunião, 48 projetos de investimentos foram aprovados, sendo 17 de implantação e 31 de ampliação. Ao todo, eles somaram US$ 2,6 bilhões em investimentos e previsão de geração de 591 novos empregos.
Um dos destaques foi o investimento de US$ 24,26 milhões da Sagemcom Brasil, que com a produção de receptor de sinal de TV e modem promete criar 122 novas vagas de trabalho nos próximos três anos. A Samsung Eletrônica também apresentou projeto para aprovação da ordem de US$ 2,2 bilhões para a produção de câmeras de vídeo e telefones celulares (Galaxy III). Serão criados, neste caso, 1.365 novas vagas de trabalho.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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