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Drones, cada vez mais em alta

O uso comercial de drones se tornou uma tendência mundial, que teve ainda mais impulso com as limitações logísticas impostas pela pandemia. O mercado de drones para uso comercial deve triplicar até 2023, segundo dados da FAA (Federal Aviation Administration). Os drones hoje auxiliam nas operações de diversos segmentos como o agronegócio, construção, indústria, logística, dentre outros. Para isso, pilotos desses aparelhos buscam cada vez mais profissionalização e licenças junto aos órgãos reguladores, como a Anac (Agência Nacional de Aviação). Já são mais de 60 mil pessoas cadastradas no órgão para realizar operações com esses objetos voadores.

O uso comercial de drones se tornou uma tendência mundial
Foto: Divulgação

A KSB Net Games foi fundada em 2003, em Manaus, se tornando a primeira lan house do Amazonas, segundo seu proprietário, Keytson Barroso. Esse tipo de serviço esteve em alta por cinco anos, até 2008. Buscando inovações tecnológicas, em 2018, Keytson começou a fazer consultoria em TI e, naquele mesmo ano passou a trabalhar com drones. Surgiu, então, a Infordrone prestando serviços e formando pilotos.

“A legislação está ficando cada vez mais rígida para quem quer ser piloto de drone. Hoje, para se obter credenciamento, precisa seguir o RBAC (Regulamento Brasileiro de Aviação Civil) estabelecido pelo Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). O drone tem que ser homologado junto a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), e o piloto cadastrado no Sisant (Sistema de Aeronaves Não Tripuladas), além de ser obrigatório possuir o Seguro Reta, para danos a terceiros, e ter autorização de voo junto ao Sarpas (Solicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas)”, detalhou.

Keytson Barroso, “a prática formará o profissional”
Foto: Divulgação

Popularização a partir de 2013

Keytson concorda com essas medidas de segurança, apesar de cada vez mais os drones avançarem na tecnologia com equipamentos como GPS e sensores anti-colisão.

“Essas tecnologias aparentemente dão a sensação de segurança, mas se o piloto não tiver experiência, técnicas de voo ou entender as regras estabelecidas pelos órgãos competentes, de nada valerão, e ele pode sofrer alguma ação penal jurídica caso venha causar danos a algo ou a alguém”, avisou.

Seguindo a legislação brasileira, a altura máxima que um drone deve atingir é de 400 pés, ou algo em torno de 120 metros. A partir dessa altura o aparelho já se torna um perigo para a aviação. A título de curiosidade, a altura mínima permitida para um helicóptero é de 600 pés e para um avião é de 800 pés, em nível de pouso.

Em menos de dez anos de popularização, os drones atingiram um nível tão expressivo de importância que, de um simples aparelho antes utilizado para o lazer, se transformou em peça fundamental para diversas situações.

O primeiro drone, desenvolvido em 1977 pelo engenheiro espacial israelita Abraham (Abe) Karem, precisava de 30 pessoas para controlá-lo. Em 1983 a Companhia Brasileira de Tratores fabricou o primeiro drone nacional, mas só a partir de 2013, o aparelho se popularizou com a fabricação de modelos mais baratos. Hoje é de suma importância em vários segmentos, como órgãos de segurança, por exemplo. Na recente operação policial na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, o drone foi os olhos dos policiais nos lugares mais obscuros da favela.

Facilitando diversas atividades

O mercado de drones para uso comercial deve triplicar até 2023
Foto: Divulgação

Na engenharia, o drone é muito utilizado no acompanhamento de obras, inspeção predial, inspeção para laudo SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas), licenciamento ambiental, regularização de imóvel, levantamento de propriedade para usucapião, entre outras.

“Antes do drone existiam atividades que apresentavam grau alto de dificuldades para serem realizadas. Com eles, essas dificuldades acabaram, como citei, as ações de órgãos de segurança, mas também monitoramento de barragens, e mesmo reportagens jornalísticas, que antes precisavam ser realizadas em helicópteros. Isso elevava o custo dessas operações e o nível de segurança precisava ser bem mais elevado e complexo”, disse.

Keytson faz um alerta para quem, sem experiência, for comprar um drone. Existem os de excelente qualidade e os de qualidade duvidosa. Ele garantiu que os fabricados pela DJI, a pioneira na fabricação de drones no Brasil, em 2013, são confiáveis e utilizados em sua empresa. Também avisou que mesmo quem quer um drone apenas para o lazer, precisa seguir todas as regras da legislação e indica fazer um curso para ser piloto.

Na Infordrone o curso é voltado para o público iniciante. Possui uma grade de oito horas, sendo quatro horas de aulas teóricas, nas quais o aluno irá aprender toda parte de legislação; e quatro horas de aula prática, quando irá aprender os comandos básicos de pilotagem e as funções básicas de fotografia e filmagem em dois modelos de drones de última geração. “Depois, a prática formará o profissional”, finalizou.

Informações pelo: 9 8282-0113.

Foto/Destaque: Divulgação

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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