O dólar fechou em alta de 4,04%, cotado a R$ 4,8061, nesta sexta-feira (22), na maior alta diária desde março de 2020, início da pandemia de Covid-19. Na semana, o avanço foi de 2,33%.
O resultado foi impulsonado globalmente por apostas em maior agressividade do banco central dos Estados Unidos no ritmo de alta de juros, enquanto o noticiário político local elevava a cautela de investidores.
Com o resultado desta sexta, o dólar agora acumula alta de 0,99% na parcial do mês e queda de 13,79% no ano. Veja mais cotações. Na máxima do dia, bateu R$ 4,8391.
O que está mexendo com os mercados?
No exterior, os mercados seguem pautados pelas renovadas apostas de juros mais altos nos Estados Unidos, em meio à inflação em disparada e de um menor crescimento da economia global.
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou na quinta-feira que um aumento de 0,5 ponto percentual nos juros estará “sobre a mesa” quando o Fed se reunir em maio, acrescentando que seria apropriado “agir um pouco mais rapidamente”.
Com a inflação atingindo cerca de três vezes a meta de 2% do Fed, “é apropriado avançar um pouco mais rapidamente”, disse Powell.
O comentário — que consolida a ampla expectativa de que o banco central norte-americano intensificará a dose de aperto monetário diante da inflação mais alta em quatro décadas — levou o índice do dólar contra uma cesta de rivais fortes a tocar uma máxima em 25 meses nesta sexta-feira (22), segundo a Reuters.
Juros mais altos nos EUA elevam a atratividade de se investir na extremamente segura renda fixa norte-americana, o que tende a aumentar o ingresso de recursos na maior economia do mundo e, consequentemente, valorizar o dólar.