O dólar comercial foi negociado a R$ 1,736 para venda, em declínio de 0,62%, nas últimas operações registradas ontem. Nas casas de câmbio, o dólar turismo foi cotado a R$ 1,850 (valor de venda), com decréscimo de 1,06%.
Para profissionais de câmbio, o mercado de câmbio mantém a tendência de baixa nos próximos meses. Nos EUA, ganha cada vez mais força a perspectiva de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) promova uma redução nos juros, da ordem de 0,50 ponto percentual, em sua reunião no final deste mês.
Segundo o banco Merrill Lynch, o mercado futuro de juros americano já projeta chances acima de 30% de um corte de 0,75 ponto percentual. E a taxa básica americana, hoje em 4,25% ao ano, pode chegar a 3% até o final deste semestre.
No Brasil, os últimos índices de inflação divulgados reforçaram as projeções de que não será tão cedo que o Copom deve promover um afrouxamento da política monetária.
Taxa Selic deve permanecer estável
“Visto que as expectativas de inflação se aproximam da meta do Banco Central (projetamos IPCA de 4,3% em 2008), a Selic deve permanecer estável até pelo menos o último trimestre de 2008”, avalia a equipe de economistas da Votorantim Asset Management, em relatório para clientes.
A diferença entre juros americanos e brasileiros tende a favorecer a entrada de capitais no país e valorizar a moeda doméstica frente ao dólar. Na semana passada, a Petrobras comunicou captação externa no montante de US$ 750 milhões, por meio da emissão de títulos com vencimento no ano de 2018.
Juros futuros
O mercado futuro de juros, que baliza as tesourarias dos bancos, elevou as taxas projetadas para 2009 e 2010. Entre os contratos mais negociados, a taxa projetada para abril de 2008 foi mantida em 11,18%; no contrato de janeiro de 2009, a taxa projetada passou de 12,03% para 12,04%; no contrato de janeiro de 2010, a taxa projetada avançou de 12,72% para 12,74%.
O Boletim Focus mostrou que a maioria dos analistas do mercado financeiro revisou para cima suas projeções para a Selic em 2008.