O mercado brasileiro de câmbio acompanhou o “alívio” geral favorecido pela injeção de bilhões de dólares dos principais bancos centrais do planeta. As autoridades monetárias agiram para conter o princípio de uma crise de liquidez – de contração de crédito – e conseguiram acalmar, por enquanto, os investidores.
O dólar comercial foi negociado a R$ 1,944 para venda nas últimas operações de ontem, com decréscimo de 0,35% sobre a cotação final de sexta. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 2,070 (valor de venda), em queda de 0,48%.
“Ainda existe uma grande incerteza (nos mercados), não está nada definido. Mesmo com essas intervenções dos bancos centrais, o problema ainda não foi resolvido”, afirma o operador Marcos Trabold, da corretora B&T. “O mercado está bem negativo ainda. Ninguém sabe o tamanho das perdas, nem quantos estão envolvidos”, acrescenta o profissional de mesa de câmbio.
As turbulências tomaram vulto quando um dos principais bancos da Europa, o BNP Paribas, admitiu problemas em três de seus fundos, que aplicaram recursos nos créditos imobiliários americanos. O mercado de hipotecas americano, principalmente no segmento de empréstimos de maior risco, já estava na mira dos investidores quando começou a mostrar taxas de inadimplência acima do esperado.
O Banco Central entrou no mercado e adquiriu divisas a R$ 1,9435 (a taxa de corte). A taxa de risco-país, medida pelo indicador Embi+ (JP Morgan), marca 188 pontos, número 1,6% superior à pontuação final de sexta-feira.
O mercado futuro de juros recuou após as turbulências da semana passada. O contrato para janeiro de 2008 indicou juro de 11,12%, contra 11,14% na sexta-feira. No contrato de janeiro de 2009 a taxa projetada cedeu de 11,16% para 11,11%. E no contrato de janeiro de 2010 a taxa negociada retraiu de 11,37% para 11,30%.
Dólar fecha a R$ 1,944, em queda de 0,35%
Redação
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