10 de dezembro de 2024

Dólar fecha a R$ 1,926, na menor cotação em um mês

A taxa de risco-país, medida pelo indicador Embi+ (JP Morgan), marcou 209 pontos, o que representação uma queda de 1,4% sobre a pontuação final de segunda-feira.

Na terça-feira, a divisa norte-americana, foi negociada a R$ 1,926 para venda, com retração de 1,02%, nos últimos negócios do dia. Trata-se da menor cotação em um mês. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 2,050 (venda), baixa de 1,44% sobre a cotação final de ontem.
Já a taxa de risco-país, medida pelo indicador Embi+ (JP Morgan), marcou 209 pontos, representando uma queda de 1,4% sobre a pontuação final de segunda.
Os investidores estão otimistas com a possibilidade de uma redução dos juros básicos da economia americana. Anteontem, os titulares dos principais bancos centrais do planeta sinalizaram que os governos devem agir para que as turbulências financeiras não contaminem o setor “real” da economia (consumo e setor produtivo), o que também animou o mercado.
Profissionais de mercado também relatam que o fluxo doméstico de câmbio melhorou nos últimos dias, o que tem ajudado a manter a taxa de câmbio dentro de sua tendência predominante de queda. “É importante notar que o investidor estrangeiro, quando sai da Bolsa, vai para juros futuros (renda fixa), quer dizer, não está saindo do país. Antes (durante a fase mais acentuada da crise), eles vendiam (ativos) e já saíam”, nota Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso.
O saldo de investimento estrangeiro da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) mostra resultado positivo de R$ 545,30 bilhões até o pregão do dia 5.

Juros futuros

O mercado futuro de juros acompanhou o recuo do câmbio. O contrato futuro de janeiro de 2008 apontou juro de 11,07% ante 11,10% anterior. No contrato futuro de janeiro de 2009, a taxa projetada recuou de 11,65% para 11,59%. E no contrato de janeiro de 2010, a taxa projetada passou de 11,94% para 11,89%.

Bovespa fecha em alta de 2,41%

A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou o pregão de com forte alta, com os negócios reagindo ao panorama positivo nas demais Bolsas de Valores. Os investidores estão otimistas com a possibilidade de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) reduza as taxas básica de juros na reunião do dia 18, uma medida que é vista como a saída mais rápida para evitar o contágio da economia real com as turbulências financeiras recentes.
O Ibovespa, principal indicador da Bolsa brasileira, finalizou o dia em alta de 2,41%, aos 53.921 pontos. O volume financeiro foi de R$ 4,22 bilhões.
O fluxo de dólares tem mantido a tendência predominante de baixa no mercado de câmbio. As reservas internacionais saltaram de US$ 161,59 bilhões no dia 6 para US$ 162,72 bilhões até ontem.
Segundo profissionais de mercado, os investidores optaram por praticamente “ignorar” o discurso de Ben Bernanke, titular do Fed, que discorreu sobre os desequilíbrios financeiros atuais em um evento em Berlim. Bernanke “frustou” a expectativa de analistas, que esperavam alguns indícios por parte do presidente da instituição monetária a respeito dos próximos passos da política de juros dos EUA.
No front corporativo, as ações da Petrobras tiveram uma forte valorização na jornada de ontem. Somente as ações preferenciais foram responsáveis por quase 15% do volume financeiro total de negócios da Bolsa. A estatal anunciou números sobre um novo campo de petróleo na Bacia de Campos, no Rio, o que usualmente costuma dar força para os papéis da estatal petrolífera. A ação Petrobras PN subiu 2,8% e foi cotada a R$ 54,30.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.

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