Ainda não foi desta vez que o Banco Central tornou a usar os contratos de “swap” cambial reverso no mercado de moeda doméstico, como temem uma parcela dos agentes financeiros. Hoje, no entanto, a autoridade monetária comprou dólares por duas vezes, nos horários habituais.
Na primeira vez, às 12h42 (hora de Brasília), o BC aceitou ofertas por R$ 1,6727; poucas horas depois, às 15h45, adquiriu moeda por R$ 1,6758 (taxa de corte). Como de praxe, não há informações imediatas sobre quantias negociadas nesses leilões.
Amanhã, o mercado terá detalhes sobre essas intervenções, com dados atualizados até semana passada. O dólar comercial foi trocado por R$ 1,678, em baixa de 0,29%, nas últimas operações de hoje. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,678 e R$ 1,672. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi negociado por R$ 1,780 para venda e por R$ 1,620 para compra.
Em 11 dias úteis neste mês trata-se da oitava vez em que a taxa cambial encerra o dia desvalorizada. Profissionais do setor financeiro ressaltam que a expectativa de um aumento dos juros básicos induz à apreciação do real frente ao dólar. Fatores externos também colaboravam: o euro se fortaleceu na comparação com a moeda americana, atingindo US$ 1.34, quando na semana passada chegou a oscilar em US$ 1.29.
Embora a reunião dos ministros de Finanças europeus tenha concluído sem um acordo para ampliar o fundo de estabilidade financeira (usado para ajudar países em dificuldades econômicas), há um relativo otimismo dos mercados frente a crise europeia: Grécia e Espanha voltaram a captar recursos na praça financeira, sem pagar juros muito acima de novembro, quando houve operações semelhantes. Economistas acreditam que as autoridades europeias não devem permitir que a situação se deteriore muito mais do que o cenário atual.
“O recuo do dólar no mercado doméstico segue limitado pela expectativa de mais medidas por parte do governo e de novas intervenções mais agressivas no mercado de câmbio. Dessa forma, o dólar deve continuar oscilando entre os R$1,67 e R$.1,70 ao longo desta semana”, avalia Miriam Tavares, diretora da AGK Corretora, em seu relatório diário. No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas previstas caíram nos contratos mais negociados.
O Comitê de Política Monetária anuncia amanhã a nova taxa básica de juros. As apostas do setor financeiro apontam para um ajuste dos atuais 10,75% para 11,25%, com mais acréscimos até o final do semestre, provavelmente superando a casa dos 12%.
Dólar fecha a R$ 1,67 com baixa de 0,29%
Redação
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