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Dólar fecha a R$ 1,66, em terceiro dia de queda

O mercado de câmbio doméstico ainda reflete a menor aversão ao risco, com o resultado positivo dos leilões de títulos soberanos europeus esta semana, o que tem fortalecido o euro frente ao dólar.
A moeda europeia, que chegou a ficar abaixo de US$ 1.30 nos últimos dias, recuperou terreno e voltou a oscilar acima de US$ 1.33 ontem. Portugal, Espanha, principalmente, estavam sob suspeição dos mercados. A combinação de baixo crescimento econômico, alta taxa de desemprego e problemas do setor bancário levou investidores a desconfiarem da capacidade desses países de cumprir, em dia, suas obrigações financeiras.
O temor de um calote, ou de uma reestruturação das dívidas, foi parcialmente amenizado hoje, quando emissões de títulos da dívida desses países encontraram forte demanda na praça financeira, numa demonstração do nível de confiança sobre as chances de Portugal e Espanha de contornar seus problemas financeiros.
Analistas ressalvaram que os países ibérico tiveram que embutir juros bastante altos nesses papéis para atrair compradores.
Nesse contexto, o dólar comercial cedeu pelo terceiro dia, sendo negociado por R$ 1,669 (valor de venda), o que representa um decréscimo de 0,47% sobre o fechamento de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi negociado por R$ 1,790 para venda e por R$ 1,630 para compra. Profissionais do setor financeiro lembram ainda que permanecem as expectativas de um aumento da taxa de juros do país, logo na semana que vem.
O Comitê de Política Monetária, segundo a maioria das projeções, deve ajustar a taxa Selic de 10,75% ao ano para 11,25%. Com juros mais altos, o país torna-se mais atrativo para o capital estrangeiro, o que tende a deprimir as cotações da moeda americana.
O mercado de juros futuros tem refletido essa percepção: a taxa projetada para julho deste ano passou de 11,78% para 11,80%; enquanto a taxa prevista para janeiro de 2012 avançou de 12,28% para 12,29%, entre os contratos futuros mais negociados.
Economistas ressaltam que cada vez mais elementos mostram que a inflação deve permanecer pressionada neste ano. A discussão sobre o reajuste do salário mínimo, que pode ficar acima das previsões do governo federal é um dos desses fatores.
Ontem, analistas destacaram os resultados robustos do mercado de trabalho. A Fiesp (federação da indústria paulista) revelou que o nível de emprego no Estado aumentou 4,7% em 2010, o maior aumento da série histórica do indicador iniciada em julho de 2005.
E o ministro Carlos Lupi (Trabalho) adiantou que houve a criação de 2,55 milhões de empregos formais em 2010, em mais um resultado histórico.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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