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Dólar cai mais de 2% e vai ao menor valor desde julho

Dólar cai mais de 2% e vai ao menor valor desde julho

O otimismo de novembro se alastrou pelo primeiro pregão dezembro. Nesta terça-feira (1º), o dólar caiu 2,24%, a R$ 5,2280, menor valor desde 31 de julho. O dólar turismo está a R$ 5,38.

O Ibovespa, principal índice acionário do Brasil, fechou em alta de 2,3%, a 111.399,91 pontos, maior patamar desde 21 de fevereiro.

O pregão foi de amplo apetite por risco global amparado por expectativa de mais estímulos nos Estados Unidos e de uma retomada econômica mais rápida. O índice do dólar ante as principais moedas globais despencou a uma mínima em mais de dois anos e meio, enquanto as ações em Wall Street bateram novos recordes.

Entre agentes do mercado, há uma grande expectativa de que a administração de Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, e sua equipe econômica aumentem ainda mais a injeção de liquidez na maior economia do mundo, o que poderia beneficiar mercados emergentes, como o Brasil.

Ao apresentar seu time econômico nesta terça, Biden apelou ao Congresso que aprove um pacote de alívio ao coronavírus que está paralisado há meses e prometeu mais ações para reativar a economia depois que assumir o cargo no mês que vem. Biden disse que qualquer pacote aprovado pelo Congresso antes de ele assumir, em 20 de janeiro, seria “apenas o começo”.

A futura secretária do Tesouro e ex-presidente do Fed (banco central americano), Janet Yellen, afirmou que medidas urgentes são necessárias para evitar que o tombo da economia se retroalimente.

O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) calcula que o quarto trimestre de 2020 será o de maior influxo a mercados emergentes desde os primeiros três meses de 2013.

Até 27 de novembro, estrangeiros entraram com mais de US$ 32 bilhões na Bolsa brasileira e, segundo analistas, é este movimento que impulsiona a alta do Ibovespa nas últimas semanas.

Além do ambiente externo já propício ao risco, no meio da tarde o dólar aprofundou a queda ante o real após notícia de que o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), vai incluir a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021 na pauta da sessão conjunta no dia 16 de dezembro, o que sinaliza algum direcionamento para o Orçamento de 2021.

Os juros futuros desabaram cerca de 20 pontos-base com a notícia, em um sinal de redução de risco fiscal.

O risco de aumento de despesas no Brasil em 2021 depois do salto no déficit primário neste ano por causa da pandemia representa uma dor de cabeça para os mercados. A deterioração das contas públicas, segundo analistas, ainda é o principal motivo para a disparada de 30,28% do dólar ante o real em 2020.

Outra notícia positiva, segundo invetsidores, foi a negativa do presidente Jair Bolsonaro (em partido) em estender o auxílio emergencial.

“Alguns querem perpetuar tais benefícios, ninguém vive dessa forma, é o caminho certo para o insucesso”, disse Bolsonaro em evento nesta terça.

Os mercados internacionais também repercutiram dados industriais da China, que mostravam recuperação acima do esperado. O PMI de indústria do Caixin/Markit subiu a 54,9, ante 53,6 em outubro. Analistas previam recuo para 53,5.

Os investidores ainda se animaram com notícias relacionadas às vacinas contra Covid-19, de Pfizer, BioNTech e Moderna, que pediram autorização de uso emergencial de seus imunizantes na Europa, após submeterem pedidos semelhantes nos EUA.

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq renovaram recordes com altas de 1,13% e 1,28%, respectivamente. Dow Jones subiu 0,63%.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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