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Divisa norte-americana sobe 0,16% e fecha cotada a R$ 1,807

No final dos negóci-os, porém, o dólar comercial teve um repique e fechou negociado a R$ 1,807 para venda, em alta de 0,16%. Nas casas de câmbio, o dólar turismo foi cotado a R$ 1,910 (venda), em retração de 0,52%. Luiz Fernando Moreira, operador da corretora Dascam, atribuiu à cautela dos agentes financeiros a oscilação das taxas. “O dólar subiu (perto do fim dos negócios) por causa do feriado. Alguns bancos não gostam de passar o feriado sem proteção, principalmente porque saem sexta-feira muitos indicadores importantes nos EUA”, afirma.

Na sexta-feira, o governo americano revelou os números sobre inflação no atacado, vendas no varejo e expectativas de consumo. Os dados são chave para formar as expectativas a respeito da reunião do Federal Reserve (banco central do país), no final deste mês. Investidores crêem que o BC local vai, novamente, reduzir os juros básicos.

Nos EUA, dois indicadores econômicos animaram os investidores na jornada de quinta-feira: o volume de exportações bateu recorde (US$ 138,8 bilhões), reduzindo o déficit comercial para seu menor nível desde janeiro; caíram os pedidos de auxílio-desempre-go, o que melhorou as perspectivas sobre o mercado de traba-lho.

Internamente, especialistas lembram que há vários motivos para a taxa de câmbio continuar a ceder. “O fluxo de recursos está muito alto. Há dólares entrando por causa da balança comercial, e o mercado sabe que vai entrar mais por causa das operações de fusões e aquisições, além dos IPOs que já estão previstos”, afirmou Mário Paiva, analista da corretora Liquidez. Os “IPOs” são ofertas públicas de ações, que atraíram muitos investidores estrangeiros no primeiro semestre.

Assim que a taxa cambial atingiu R$ 1,79, o mercado ficou em suspense sobre a atua-ção do Banco Central, que voltou a comprar dólares na segunda-feira. A autoridade monetária adquiriu dólares à tarde e, segundo operadores, de forma bastante discreta.

De acordo com profissio-nais de mercado, o BC tem comprado, no máximo, lotes de US$ 50 milhões nos últimos dias, o que representa 10% do que costumava adquirir até agosto, quando suspendeu esses leilões.

O mercado futuro de juros, que baliza as tesourarias dos bancos, também projetou taxas mais altas. O contrato de janeiro de 2008 apontou taxa de 11,05%, estável sobre a jornada de ontem. No contrato de janeiro de 2009, a taxa projetada avançou de 11,22% para 11,24%. E no contrato de janeiro de 2010, a taxa projetada passou de 11,26% para 11,27%. O mercado está dividido sobre qual será o resultado da reunião do Copom, na próxima quarta-feira. Econo-mistas estão divididos entre a aposta num novo corte da taxa de juros -de 11,25% para 11%- ou na manutenção da Selic.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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