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Diversidade na pauta do Google

Diversidade na pauta do Google

Em uma carta aberta a seus funcionários e o público em geral, Sundar Pichai, CEO do Google e da Alphabet divulgou as metas do conglomerado para aumentar a diversidade dentro de suas empresas. E um dos principais objetivos divulgados é aumentar em 30%, até 2025, a representatividade de profissionais negros em cargos de chefia. Além disso, a companhia também quer elevar a participação de grupos sub-representados nas posições de liderança.

“Para fazer isso, vamos publicar interna e externamente esses cargos, e aumentar o investimento em regiões como Atlanta, Washington DC, Chicago e Londres – onde já temos escritórios.”, afirmou Pichai. “A abordagem será a mesma em todas as regiões, e teremos planos específicos para cada local e cada país, de modo a recrutar e contratar mais Googlers de populações sub-representadas, em comunidades onde a infraestrutura social apoia uma sensação de fazer parte e contribui para melhorar a qualidade de vida”.

O executivo também listou uma série de outros compromissos assumidos pela gigante da internet para ampliar a diversidade dentro de seu quadro de funcionários. Além da questão dos cargos de chefia, Pichai afirmou que o segundo ponto é enfrentar desafios de representatividade e investir na contratação, retenção e promoção, em todos os níveis. “Para ajudar a conduzir esse trabalho, estou criando um novo ponto de contato nas áreas de cada produto e departamento, cuja tarefa será orientar e defender o avanço e a retenção de Googlers vindos de grupos sub-representados”, declarou o CEO “Estou organizando ainda uma força-tarefa que inclui integrantes sênior da comunidade Black+ do Google. O objetivo é desenvolver recomendações e propostas concretas de responsabilidade em todas as áreas que impactam a experiência dos Googlers Black+ – do recrutamento à contratação, do desempenho à gestão, do avanço na carreira à retenção. Pedi que a força-tarefa apresente propostas específicas (incluindo metas mensuráveis) num prazo de 90 dias”.

Em terceiro lugar, o Google afirmou que está trabalhando para criar uma sensação mais forte de inclusão para seus funcionários de forma geral – também conhecidos como Googlers – e, sobretudo, para a comunidade Black+. Segundo Pichai, pesquisas internas mostram que a sensação de inclusão e de pertencer ao grupo é resultado de diversos aspectos relacionados à experiência no ambiente de trabalho. Eles incluem a segurança psicológica que o colaborador sente com a sua equipe, além do apoio oferecido por gestores e líderes, processos igualitários de RH, oportunidades de crescer e desenvolver a carreira. O executivo afirma que há o compromisso de criar práticas e políticas mais inclusivas em todas essas dimensões – e reavaliá-las caso não funcionem.

“Um exemplo: tínhamos uma política de segurança na qual os Googlers ficavam de olho em ‘penetras’, com o objetivo de reduzir situações em que pessoas sem autorização entram em nosso escritório. No entanto, percebemos que esse processo era suscetível a alguns tipos de viés”, disse Pichai. “Por isso, ao longo do ano passado, a equipe de Segurança e Resiliência Global trabalhou em parceria com um grupo de trabalho composto por pessoas de vários departamentos, realizando pesquisas aprofundadas, conhecendo as experiências de Googlers negros, desenvolvendo e testando novos procedimentos de segurança. O objetivo era garantir a proteção da comunidade de Googlers sem implantar uma vigilância daquele tipo. Neste momento em que nos preparamos para retomar o trabalho no escritório, não teremos mais essa prática na qual os próprios Googlers verificam os crachás uns dos outros. Vamos usar apenas a nossa infraestrutura de segurança, que já é extremamente sólida e eficiente”.

Entre outros objetivos listados por Pichai, está a de criar uma série de programas educativos anti-racismo, com escopo global e capacidade de atingir todos os funcionários. Para isso, ele afirmou que a empresa receberá especialistas externos, para que eles compartilhem seus conhecimentos sobre história racial e desigualdades estruturais. Outro compromisso assumido é o de se engajar para oferecer mais apoio à saúde e ao bem-estar mental e físico da comunidade negra na empresa. “Nossos fornecedores globais de serviço de Assistência a Funcionários (EAP, na sigla em inglês) também estão trabalhando para ampliar a diversidade na sua rede de profissionais de aconselhamento psicológico”.

Produtos inclusivos e que mudem cenários

Para além do que ocorre internamente, o Pichai também falou de produtos. Segundo ele, outro objetivo é criar produtos e programas que ajudem usuários negros nos momentos mais importantes para eles. Pichai afirma que funcionários do mundo enviaram mais de 500 sugestões e que será organizada uma força-tarefa de produtos que estabelecerá prioridades para implementar as melhores ideias, em parceria com o Grupo de Consultoria sobre Liderança Negra e com integrantes da Rede de Googlers negros.

O CEO afirmou que algumas iniciativas já foram lançadas – entre elas as respostas do Assistente do Google sobre perguntas relacionadas ao movimento Black Lives Matter. E, a partir desta semana, a assistente virtual também passará a responder a respeito do Juneteenth (data histórica do movimento abolicionista americano). “Estamos agindo de forma rápida para permitir que comerciantes dos Estados Unidos tenham a opção de acrescentar o termo ‘Black-owned’ (indicando que a loja pertence a um Negro) a seu Perfil Comercial no Google”, disse Pichai. “Dessa forma, os usuários poderão encontrar e apoiar pequenos lojistas locais negros usando a Busca e o Maps. Esse recurso, de adoção opcional, está sendo desenvolvido neste momento e será lançado nos Perfis Comerciais ao longo das próximas semanas”. 

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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