A disputa entre governo e oposição em torno da abertura de uma CPI para investigar os gastos com cartões corporativos da União pode provocar um efeito colateral prejudicial ao Palácio do Planalto. Os oposicionistas reconhecem que o clima de confronto pode prejudicar a votação das medidas tributárias enviadas pelo governo ao Congresso para compensar a perda de arrecadação com o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
Entre as propostas encaminhadas pelo governo está a medida provisória que aumenta a alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) do setor financeiro de 9% para 15%.
Para o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), existe risco real de o governo ver sua proposta rejeitada, especialmente no Senado, onde possui maioria mais frágil.
“Se houver CPI e for mantido esse clima de embate pelo governo, existe grande risco de ameaça à votação das propostas de seu interesse. Porque o ambiente estará todo contaminado pela discussão sobre esses gastos. Uma proposta que mexe com aumento de tributos, que é um tema sempre mais polêmico, torna-se mais difícil ainda de ser aprovada”, acredita Rodrigo Maia.
Disputa pela CPI pode prejudicar votação
Redação
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