A retomada da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento do Amazonas), em substituição à ADA (Agência de Desenvolvimento do Amazonas), é vista pelo empresariado local como benéfica para a região amazônica. A partir da mudança, a Sudam passa a gerir os recursos do FNO (Fundo Constitucional do Norte) e do FDA (Fundo de Desenvolvimento da Amazônia). A projeção de recursos para 2007 é de R$ 2,3 bilhões.
O presidente da Aficam (Associação das Empresas Industriais e de Serviços do Pólo Industrial do Estado do Amazonas), Antônio Carlos Rodrigues Lima, considerou a volta da Sudam como uma boa oportunidade para corrigir possíveis lacunas deixadas pela ADA. “A recriação da Sudam é uma chance de reavaliar os casos de empresas que deixaram de receber benefícios. Também é uma chance de simplificar a burocracia e evitar que se cometam os mesmos erros do passado”, comentou.
O retorno da Sudam na opinião do presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Maurício Loureiro, é a correção de uma falha da gestão de Fernando Henrique Cardoso. “A volta do órgão é o resgate de um erro estúpido cometido no governo passado. Se corrupção houve, que se punissem os culpados. A decisão à época foi absurda, pois acabou punindo as empresas que trabalhavam seriamente. Contudo, a nova metodologia trouxe resultados benéficos e tirou do atoleiro burocrático, as empresas que não conseguiam aprovar seus projetos”, disse.
A posição dos dirigentes entrevistados pelo Jornal do Commercio é unânime quanto à instalação de um escritório da Sudam em Manaus. O dirigente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Flávio Dutra, comentou que o estabelecimento de uma unidade representativa da superintendência em Manaus sempre foi um desejo das entidades de classe. “A manutenção de um escritório facilitaria, sobretudo, o emcaminhamento dos pleitos e eliminaria a necessidade dos empresários terem que se dirigir até Belém”.
Partilhando da mesma posição, o presidente do Sinaees (Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus), Wilson Périco, avaliou como positiva e inteligente a sugestão de instalação de uma unidade da Sudam em Manaus. “Nada mais lógico do que ter um escritório do órgão na cidade, devido à intensa atividade comercial na nossa região, que concentra 63% do rendimento de todo o Norte do país”, opinou.
Maurício Loureiro avaliou que com a manutenção de uma sede da Sudam em Manaus se poderia trabalhar com a lógica de aprovações do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica com relação ao Lucro da Exploração. “Tudo que for incentivo fiscal relativo ao PIM, poderia ser analisado e aprovado conjuntamente em reuniões do CAS (Conselho de Administração da Suframa), do qual a superintendência faz parte integrante, assim como vários ministérios do governo”, assinalou.
O nome do ex-presidente da ADA, Djalma Melo, para comandar a Sudam é bem aceito pelos dirigentes do PIM. Antonio Carlos Lima afirmou ser ótimo para o Estado ter um amazonense na presidência do órgão, dando continuidade ao que estava sendo feito na agência. Wilson Périco e Flávio Dutra são unânimes em afirmar que Mello possui uma carreira de serviços prestados para a região, sendo, portanto, credenciado para assumir a função de superintendente da Sudam.
O presidente do Cieam avalia a nomeação como uma ótima solução de continuidade. Ele destacou que, enquanto esteve à frente da ADA, Mello garantiu dinâmica aos processos que estavam estagnados. “Djalma fez com que o pessoal da ADA recuperasse a auto-estima, fez com que vários processos fossem aprovados, além disso, não se teve notícias de desvios de conduta na sua gestão”, assinalou.
Dirigentes do PIM apoiam volta da Sudam
O presidente da Aficam (Associação das Empresas Industriais e de Serviços do Pólo Industrial do Estado do Amazonas), Antônio Carlos Rodrigues Lima, considerou a volta da Sudam como uma boa oportunidade
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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