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Dia dos Pais trouxe incremento de 2,3% nos supermercados

O volume de vendas no segmento de supermercados em Manaus registrou alta de 2,3% no Dia dos Pais em relação ao ano passado, o balanço é da Amase (Associação Amazonense de Supermercados).  A entidade havia apostado que este ano seria um cenário bem diferente para o setor, considerando um ano em que a pandemia está mais controlada. A performance ficou acima dos estimados 2%. 

De acordo com o vice-presidente da Amase, Ralph Assayag, alguns estabelecimentos do setor tiveram incremento de até 12%. “Mas a  média no geral foi de incremento de 2,3% e no comércio um aumento de 2,5%”, ressaltou.

Ele lembra que no ano passado estávamos saindo de uma pandemia. Os supermercados tinham limite de funcionamento, atrelado a isso, muita gente preocupada com o desemprego. O que fez o consumo das famílias retrair e só adquirir o básico. “Esse comportamento impactou as datas sazonais”.

“O resultado 2020 foi muito comprometido pelo período que não estávamos com decreto de fechamento das lojas e os restaurantes todos fechados então não dá pra comparar 2019 nós vimos no crescimento foi 1,9% a 2%”, complementa.

Para Assayag, o mês de agosto é o início de um termômetro para o aquecimento da economia, em especial para o setor supermercadista que deve apostar nas inaugurações de novos estabelecimentos  e ampliações de suas marcas.

A projeção da Amase para o segundo semestre está em sintonia com as estimativas da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), que prevê um segundo semestre de otimismo. E destaca como os principais itens, que tendem a favorecer a retomada econômica, o pagamento do auxílio emergencial a partir de 18 de agosto, o terceiro lote da restituição do Imposto de Renda, os R$ 82 milhões do auxílio emergencial para mais de 110 mil mulheres chefes de família monoparental e datas comemorativas como o Dia dos Pais, feriado de 7 de setembro, Dia da Criança e o Black Friday.

“Estamos confiantes com a retomada gradual da economia, com o avanço da vacinação, o retorno da normalidade, os investimentos programados pelo setor para o 2º semestre do ano, e com as medidas de auxílio social, que estão sendo debatidas atualmente pelo governo federal”, diz Milan. “Neste cenário mantivemos nossa projeção inicial de crescimento para nosso Índice Nacional de Consumo INC ABRAS nos lares brasileiros em 4,5% este ano. Em setembro faremos uma nova revisão e projeção”, destaca o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

Recuperação 

O ânimo do setor coincide com um primeiro semestre de índices favoráveis. Dados da Amase mostram que de janeiro a junho deste ano, houve um acréscimo de 3% se comparado a igual período de 2020. 

O percentual do semestre registrou 8%, porém, esse índice é muito mais em relação aos valores dos produtos que tiveram aumento diante da inflação de janeiro até agora, do que o volume de itens. “Por exemplo, 10 itens custavam R$10 e hoje saltou para R$12. Aumentou o valor do produto e com isso, aumentou o valor de venda por isso esse incremento”, explica Assayag.

Ele também diz que a análise do comportamento do segmento supermercadista no Estado foi dividida em dois trimestres. De janeiro a março teve alta nas vendas de 10% e de abril a junho teve queda de 2%. Mesmo assim, o setor teve saldo positivo em todo o semestre. 

Consumo 

Dados da Abras informam que no primeiro semestre deste ano o consumo nos lares brasileiros acumulou alta real de 4,01% (deflacionado pelo IPCA/IBGE), na comparação com mesmo período de 2020.

A alta acumulada no semestre, segundo a Abras, é resultado das medidas sociais e econômicas adotadas pelo governo, além da influência de um conjunto de fatores. Entre eles, o pagamento da segunda parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas do INSS, na segunda quinzena de junho; a prorrogação do auxílio emergencial por mais três meses, para 106 mil trabalhadores, e a maior cobertura de vacinação. O depósito da restituição do segundo lote do Imposto de Renda Pessoa Física (IRP) também contribuiu. Foram R$ 6 bilhões que chegaram para 4,2 milhões de contribuintes.

De acordo com o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan, o setor seguiu o ritmo de investimentos e, de janeiro a junho, foi responsável pela geração de quase 43 mil novos postos de trabalho. A abertura de novas lojas também quase dobrou. A expectativa era de abertura de 36, mas foram 60 estabelecimentos inaugurados, além de 70 reinaugurações no período.

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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