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Dia do Poeta com a devida homenagem em Manaus

Dia do Poeta com a devida homenagem em Manaus

Dia 20 é o Dia do Poeta, data criada em 1976, na casa do poeta Menotti Del Picchia, em São Paulo, quando se criou o Movimento Poético Nacional. Em Manaus, a data vai ser comemorada já a partir de hoje, 17, pelos membros do Clam (Clube Literário do Amazonas), com um sarau no Café Palácio, localizado no Centro Cultural Palácio da Justiça, às 19h. E a comemoração do Clam será dupla, pois em 2022 o clube irá completar 20 anos de fundação e já está com uma lista de eventos programados até lá, e que iniciam hoje.

“Faremos a abertura do evento de hoje, intitulado ‘Sarau Autobiografia’, numa alusão à antologia ‘Autobiografia’, que será lançada no próximo ano reunindo poesias de todos os atuais 20 membros do Clam”, adiantou Nelson Castro, professor, poeta, produtor cultural e um dos membros do Clam.

Em seguida será dada posse à nova diretoria do Clube, tendo como presidente Eylan Lins, professor, escritor de histórias e contos, e poeta, que falará sobre as atividades relativas às comemorações dos 20 anos do Clam.

“Às 19h30 começa o sarau com a participação dos 20 membros, cada um declamando uma poesia de sua autoria, que irá fazer parte da antologia. Teremos a participação especial do livreiro e poeta Celestino Neto, um dos grandes incentivadores da literatura em nossa cidade; da Franciná Lira, fundadora do ‘Formas em Poema’, grupo que reúne só mulheres poetas; e do designer Diego Lima Paz”, adiantou.

Encerrando o encontro, haverá sorteio de livros entre os presentes.

Novo presidente  

Eylan Lins milita na literatura há mais de 30 anos. Agora, na presidência do Clam pretende dar uma energizada no Clube que andava realizando poucas atividades.

“Entrei no Clam em 2005, como chamamos, na segunda geração. Nosso objetivo é difundir a literatura e as artes no Estado, buscando incentivar e trazer a juventude para dentro desse contexto”, disse.

“Vamos fazer, hoje, a pré-abertura das comemorações dos 20 anos do Clam. A abertura acontecerá em março de 2021 com o lançamento da antologia ‘Autobiografia’. A partir de então iremos promover espetáculos, lançamentos de livros, palestras em universidades e escolas, recitais literários e musicais nas praças e um concurso de poesias, culminando com o lançamento, em 2022, do livro ‘Clube Literário do Amazonas – 20 anos’, contando a nossa história”, avisou.

À frente do Clam, Eylan pretende instituir uma premiação para homenagear as pessoas que, de alguma forma, incentivam a arte no Amazonas.

“Essa premiação será anual, sempre homenageando os apoiadores de nossas artes”, falou.

Até 2022 Eylan Lins, Nelson Castro, Miguel de Souza, Alexandre Santos e Gracinete Filinto, entre outros, têm programados lançamentos de livros seus.

“Meu livro ‘Girassóis Di(versos) e outras flores’ será lançado em 25 de março, Dia do Escritor”, adiantou.

“Segundo Tenório Telles disse certa vez, o Clam tem tudo para ser o maior movimento literário pós-Clube da Madrugada, então temos uma grande missão pela frente”, concluiu o presidente.

Dos primeiros integrantes

O poeta Miguel de Souza é um dos primeiros integrantes do Clam. Ele frequentava a ‘Quarta Literária’, encontros promovidos pela Livraria Valer a partir de 1998.

“Quando esses encontros acabaram, aí surgiu o Clam, em 2020, também promovendo encontros, e eu continuei participando, ainda adolescente, por isso acho importante que uma geração prepare a outra que a segue. Grupos como o Clam devem sempre existir porque ninguém consegue aparecer sozinho, e no grupo você aparece ainda que o tempo selecione quem vai, e quem não vai, perpetuar seu nome”, ensinou.

Miguel de Souza tem dois livros lançados: ‘Poemais’ e ‘Maximinimas’. Pretende lançar uma segunda edição de ‘Poemais’, em 2021, e lançar o inédito ‘Chibé na cuia’, em 2022, com poemas regionais, pelas comemorações dos 20 anos do Clam.

Um pouco de história

Em 2002, os poetas Carlos Tiago, Elton Souza, Edivan Rafael, Laís Fernanda Borges e Pollyanna Furtado, participavam da ‘Quarta Literária’, evento que reunia escritores e leitores toda primeira quarta-feira do mês no Espaço Cultural da Valer. Dalí decidiram formar um grupo buscando renovar a literatura amazonense. Assim nasceu o Clam, nome sugerido por Elton Souza. O primeiro presidente do Clam foi Carlos Tiago.

A segunda formação de poetas surgiu em 2004, com um ciclo de palestras na Academia Amazonense de Letras, quando Nelson Castro e Carlos Tiago reestruturaram o Clube agora com a participação de Catarina Lemos, Glaymon Albuquerque, Alexandre Antony, Manuel Assis, Dâmea Mourão, Sheila Nunes, Rayder Coelho, José Farias, Eylan Lins, Gadi, Gracinete Felinto, Rafael Marques, Álvaro Smont, Miguel de Souza, Agnaldo Martins, Michele Pacheco Nunes, e Edivan Rafael.

De 2004 a 2012 os membros do Clam se reuniam no Espaço Cultural Valer e, desde então, têm realizado eventos esporádicos em vários espaços da cidade.

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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