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Data deve aquecer o e-commerce

De olho no Dia Internacional do Consumidor que acontece no próximo dia 15, o comércio eletrônico embarca na carona da data e deve ganhar ainda mais robustez. Num ano de pandemia em que está proibido criar ações para movimentar as vendas no comércio físico, um levantamento realizado pela All iN & Social Miner confirma mais uma vez o potencial do e-commerce e o quanto o comportamento do consumidor mudou.  

A empresa que une dados de consumo, tecnologia e humanização para ajudar sites a otimizarem seus resultados – em parceria com a Opinion Box, ouviu 1050 brasileiros  sobre como deve ser o comportamento de consumo dos brasileiros, a data é considerada como Black Friday do 1º Semestre.

Ao menos 32% pretendem aproveitar as ofertas do dia do consumidor apesar de  44% ainda estarem indecisos, os compradores costumam engajar com as ofertas uns 15 dias antes do evento, por volta de 1 de março (que foi o que 10% responderam à pesquisa). 25% devem comprar na semana do evento, e 13% só no dia do consumidor mesmo. Por isso, é importante que as campanhas para estimular as pessoas a comprar comecem o quanto antes.

De acordo com o estudo, 61% das pessoas pretendem comprar itens de necessidade com melhor preço e 53% querem comprar itens de desejo também com melhor preço. Ainda, 23% devem substituir itens antigos por uma versão mais moderna, enquanto 11% querem comprar para presentear alguém de imediato ou em datas.

As buscas por ofertas em sites ou por aplicativos de lojas estão entre as opções de 41% dos consumidores. As lojas físicas são a escolha de 34%. Comprar por sites deixa cerca de 56% consumidores mais confortáveis. Entre os motivos que fazem 55% dos consumidores desistirem da compra estão as taxas de frete ruins. Não confiar na loja é um dos motivos da desistência de 43% dos entrevistados. A nota baixa em sites de reputação é um dos pontos de 39%,  seguido de prazos de entrega ruins 36%.

“As datas sazonais são uma grande oportunidade para as marcas atraírem e se conectarem como novos consumidores, ampliando sua base e criando oportunidades de engajamento e vendas. E isso não só durante o evento, mas no longo prazo, abrindo novos canais para se comunicar e criar um relacionamento próximo com os clientes”, afirma Ricardo Rodrigues, Head de Produto Social Miner & All iN.

Para ele, em datas com forte apelo comercial, como o Dia do Consumidor, o público espera, principalmente ofertas relevantes, com vantagens financeiras. “Além disso, para proporcionar uma jornada de compra personalizada e aumentar as chances de conversão, é importante integrar  os canais de comunicação. Desta forma, é possível oferecer a eles uma experiência única, independente de onde eles estiverem – seja na loja física ou online”. 

Ações via plataformas

O presidente da CDL-Manaus, Ralph Assayag, é bem realista em relação à mudança de hábito dos consumidores. Proibido de desenvolver qualquer  tipo de promoção, o comércio tradicional acaba perdendo espaço, mas a saída é usar estratégias para não perder a data atendendo melhor o consumidor.

“Aqueles comerciantes que possuem plataforma do e-commerce vão trabalhar para que possam atrair clientes, mas é um  momento diferente. Precisamos ter muita cautela para evitar qualquer tipo de aglomeração. Até o dia 15 nós vamos estar no processo de fechamento noturno, horário reduzido então é bem difícil. A saída é apostar nas vendas online, até mesmo pelo Whatsapp, mas é um ano que realmente não temos muito a fazer como entidade, a gente só orienta a maneira para que o comércio não seja pego de surpresa com um fechamento mais duro”. 

Cada vez mais preparados 

Para Felipe Dellacqua, especialista em e-commerce, a tendência é que os consumidores comprem ainda mais online, principalmente com as medidas de fechamento de comércios em diversas cidades brasileiras

“Com a pandemia e diversos governantes anunciando o fechamento de comércios e abertura somente de serviços essenciais, a tendência é que os consumidores comprem ainda mais pela internet, seja por meio de aplicativos dos grandes players, marketplaces e até mesmo pela venda direta no Whatsapp. Quem se preparou com a alta demanda da primeira onda de pandemia no Brasil no mês de março do ano passado, dessa vez está mais preparado para atender ao grande número de pedidos”, explica Felipe Dellacqua, especialista em e-commerce e sócio da VTEX, multinacional que provê plataformas de e-commerce para um quarto das lojas do país.

Segundo o especialista, os consumidores, que ficarão mais tempo em casa devido ao novo coronavírus, serão ainda motivados a comprar pelo fator da ansiedade.

“É inegável que a população passando ainda mais tempo dentro de casa aumente o acesso a internet e, principalmente, a sites de comércio eletrônico. Hoje a compra ocorre por dois motivos, uma por necessidade e outra por impulso”, afirma Felipe.

Ainda de acordo com ele, com a evolução da logística entregando cada vez mais rápido e mais barato, as vendas online poderão continuar em alta mesmo com a diminuição dos casos do novo coronavírus e a vacinação ampliada.

“Comprar online é um hábito, se a experiência desse hábito for cada vez mais positiva, certamente teremos um engajamento maior e uma preferência por esse canal mesmo após a crise do coronavírus”, completa Felipe.

Por dentro

Em 2020, o Dia do Consumidor bateu R$ 3,62 bilhões em vendas e 47% dos que compraram pela internet eram consumidores novos, segundo o estudo da All In & Social Miner, em parceria com a Opinion Box.

Um outro dado da Ebit Nielsen, empresa referência em análises do comércio eletrônico no Brasil as vendas online da semana que marcou o Dia do Consumidor em 2020, cresceram 18% na comparação com 2019, para R$ 1,41 bilhão, dados da 

Somente no ano passado, o faturamento dos e-commerces na data bateu R$3,62 bilhões. 47% dos que compraram online em 2020 eram novos consumidores.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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