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Devolução de crédito para os exportadores não será retroativa

Mesmo que o governo decida incluir no pacote de ajuda ao setor exportador uma medida para acelerar a devolução dos créditos tributários, a solução deve valer apenas para os créditos que forem gerados no futuro. Uma fonte do governo disse que “provavelmente” o estoque de créditos não deve ter uma liberação mais rápida do que acontece hoje para não afetar o fluxo de caixa da Receita Federal.
Depois de ter descartado várias vezes a medida, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou na semana passada que o governo continuava estudando uma proposta para garantir a devolução mais rápida dos créditos adquiridos pelas empresas exportadoras. Hoje a Receita demora até cinco anos para conferir a veracidade dos créditos e devolvê-los às empresas. Esses créditos são gerados quando as empresas compram insumos para produzir bens destinados à exportação.
Além da questão fiscal, já que o Ministério da Fazenda precisa garantir este ano um superávit primário (economia orçamentária para garantir o pagamento dos juros da dívida pública) equivalente a 3,3% do PIB (Produto Interno Bruto), o técnico do governo explica que há questões operacionais que também precisam ser resolvidas, como a criação de um programa de computador que permita compensar os créditos menores de forma mais rápida.
A medida é a principal reivindicação do setor exportador, que sofre com a competitividade acirrada no mercado internacional após a crise financeira internacional. Nas últimas semanas, depois das notícias de que a medida ficaria fora do pacote, os empresários se mobilizaram e passaram a pressionar o governo para reverter esta decisão. A questão também serviu para que o candidato do PSDB, José Serra (SP), criticasse a falta de ação do governo Lula no comércio exterior. Irritado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou dos ministros medidas que ajudem os exportadores brasileiros a enfrentar a concorrência chinesa.
O anúncio das medidas estava previsto para março, mas o técnico do governo avalia que serão necessárias pelo menos mais três semanas para que tudo fique pronto.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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