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Desigualdades regionais são destacadas por Eduardo Braga em seminário na Assembléia

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O governador Eduardo Braga (PMDB) aproveitou a abertura do Seminário Interlegis-Região Norte, programa do Senado Federal, em parceria com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que vai interligar todos os legislativos brasileiros (federal, estadual e municipal), nesta quinta-feira, na ALE (Assembléia Legislativa do Estado), para enfatizar as desigualdades regionais entre o sul, sudeste e o norte do país. “Quando o Brasil discute a interligação dos legislativos, temos a informação de que dos dez mil técnicos especialistas de apoio do poder Legislativo, cinco mil estão entre o eixo Sul, e Sudeste. E isso não é diferente entre mestre e doutores. Para cada um da região Norte, cinco mil são da região Sul e Sudeste”, disse o governador, destacando que “esse é o retrato das desigualdades que nos submetem à dor, ao sofrimento e a pobreza”.
Braga, que prestigiou a abertura do seminário, para falar sobre a Amazônia e sua complexidade, disse que fazia questão de louvar a iniciativa, porque essa integração pode ajudar o país, a região e o Estado. “Um país não se faz sozinho, se faz de forma compartilhada”, argumentou.
De acordo com o governador, é dever constitucional da União destinar recursos para dar dignidade às câmaras municipais. “Como pedir de um município pobre, que tem carência na educação, saúde e no combate à malária, para abrir mão de investimentos e aplicar no Legislativo? Esse é o papel que a União precisa assumir. É o Senado da República que tem esse papel”, disse.

O governador, que ouvia atentamente o senador Efraim Moraes (DEM), 1º secretário do Senado Federal e diretor nacional do Programa Interlegis falar que 35 dos 62 municípios amazonenses já tinham aderido ao programa, mas que 27 municípios ainda não haviam aderido, fez um apelo: “Estou conclamando todos os presidentes de câmaras municipais que façam a adesão. Podem criticar as instituições democráticas, as câmaras municipais, mas eu sei da importância dessas instituições. A Câmara foi construída na nossa gestão e a Assembléia também, isto mostra a importância que o governo dá para o fortalecimento do poder Legislativo. Por mais mazelas e defeitos que possam ter, a democracia é o melhor de todos os sistemas. Só quem viveu no tempo de ditadura sabe o que é a liberdade de pensamento”, filosofou Braga.
O governador aproveitou para criticar os dados populacionais do censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que reduziu a população de vários municípios, inclusive de Manaus. “É lamentável a falta de apoio que teve no Estado, a ponto de dizer que a população reduziu em 15 municípios, inclusive na capital”, disse Braga. “O número de eleitores cresceu, de alunos também, apenas o número populacional não cresce”, afirmou, justificando que isso é resultado da complexidade do Estado.

Falta cidadania e energia elétrica no interior do AM

Eduardo Braga também fez questão de lembrar que esteve na Comunidade do Boto, no rio Uatumã, pagando as cem primeiras bolsas do programa Bolsa Floresta. “Falar da Amazônia é falar dessa situação de complexidade. O Estado é o 4º PIB (Produto Interno Bruto) per capita, mas existem municípios que não têm energia elétrica. Como falar de cidadania se para oferecer o ensino de 5ª a 8ª enfrentamos dificuldade de formação de professores?. Como vencer as desigualdades, no Estado que tem o 4º PIB, se cinco dos 50 piores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do país estão neste eEstado?”, questionou, reconhecendo que faltam políticas públicas no interior.

Ações da Fapeam

O governador também falou dos investimentos que o Estado está fazendo para reverter as desigualdades, especialmente na área do conhecimento, através da Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa). Fez questão de destacar o Centro de Mídias, inaugurado pelo Estado, que está levando o ensino médio para 300 comunidades da zona rural, através do IPTV (TV por internet), onde o aluno, além de assistir a aula, interage c

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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