Com rápida adesão dos brasileiros desde o seu lançamento, em novembro de 2020, o Pix foi desenvolvido por US$ 4 milhões. O valor foi citado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nesta segunda-feira (6) em um evento sobre criptomoedas.
“As pessoas me falam: como o Brasil pode ter dinheiro para fazer o Pix? Sabe quanto custou o Pix? 4 milhões de dólares. Você pode fazer boas coisas com pouco dinheiro se tiver planejamento”, disse.
Atualmente, o Pix conta com cerca de 119,4 milhões de pessoas físicas cadastradas, além de 9,28 milhões de empresas. Em 6 de maio, bateu novo recorde de transações em um único dia, com 73,198 milhões de operações, superando com folga a marca anterior, de 63,504 milhões de transferências no dia 7 de abril.
No Valor’s Crypto Summit Rio 2022, promovido pelo Valor Capital Group, Campos Neto disse também que muitas novidades relacionadas ao Pix irão aparecer nos próximos três anos.
Na última semana, o presidente do BC destacou que a autoridade monetária pretende responsabilizar bancos que possuam contas laranjas -abertas por criminosos em nome de outras pessoas- para frear fraudes envolvendo o Pix.
O presidente do BC falou ainda nesta segunda sobre o movimento de “tokenização” da economia e sobre a tendência da criação de carteiras virtuais integradas.
Quanto à criação da moeda digital brasileira, Campos Neto voltou a afirmar que o desafio do desenvolvimento de uma CBDC (Moeda Digital do Banco Central, na sigla em inglês) é fazer com que a capacidade de crédito dos bancos não seja afetada.
“A forma que iremos fazer é que os bancos serão capazes de monetizar seus depósitos emitindo ‘stablecoins’ (moedas digitais atreladas a ativos reais). Essas ‘stablecoins’ poderão ser convertidas para a CBDC emitida pelo Banco Central”, afirmou.
A versão piloto do real digital deverá chegar ao mercado em 2023 após atraso no cronograma devido à greve dos servidores do BC, retomada em 3 de maio por tempo indeterminado.
No painel, Campos Neto comentou também que a autoridade monetária pretende regular os criptoativos para assegurar o lastro das transações.
O BC tem trabalhado em conjunto com a Câmara dos Deputados e com o Senado para aprovar um marco legal para esse segmento do mercado, visto como um desafio para autoridades em todo o mundo. Aprovado pelo Senado, o projeto está na fase final de votação em regime de urgência na Câmara.
Segundo o presidente do BC, o uso de criptoativos como ferramenta de investimento cresceu mais no Brasil do que como meio de pagamento.
Campos Neto disse também que gostaria de ver mais conexão entre os criptoativos e a sustentabilidade, citando o projeto de monetização de florestas nativas.
O ministro Paulo Guedes (Economia) tem dito que o Brasil pode ficar com cerca de 20% (ou US$ 20 bilhões) do total de uma remuneração de US$ 100 bilhões a ser criada pelo mundo para premiar países que preservem o meio ambiente.
Desenvolvimento do Pix custou US$ 4 milhões, diz Campos Neto
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:
Qual sua opinião? Deixe seu comentário
Notícias Recentes
Shopee ultrapassa Shein em downloads, à espera da Temu
24 de abril de 2024
Governo facilita crédito e renegocia dívidas de pequenos negócios
23 de abril de 2024
Entrada de turistas no Brasil foi recorde em março, diz Embratur
23 de abril de 2024
Transporte marítimo de carga vive incertezas após caos logístico na pandemia
23 de abril de 2024
Marco Civil da Internet celebra uma década em meio a deb
23 de abril de 2024
Produção de bicicletas ainda em queda
23 de abril de 2024
Intenção de Consumo das Famílias de Manaus em abril fica acima da média nacional
23 de abril de 2024