A taxa de desemprego na América Latina e no Caribe deve chegar ao fim deste ano em 8,5%, mesmo nível visto no segundo trimestre e ligeiramente menor que as estimativas iniciais, segundo dados divulgados pela Cepal (Comissão Econômica para a América Latina), órgão ligado à ONU (Organização das Nações Unidas).
A estimativa consta do boletim “Conjuntura do Trabalho na América Latina e no Caribe’’, e foi elaborada em conjunto com a OIT (Organização Internacional do Trabalho). De acordo com o documento, o número de desempregados na região deve fechar este ano em 18,4 milhões de pessoas.
A projeção leva em conta uma queda de 1,9% do Produto Interno Bruto na região, e é ligeiramente melhor que a divulgada em um boletim divulgado no mês de junho, quando a estimativa era de uma taxa entre 8,7% e 9,1%. Em relação a 2008 -quando o desemprego foi de 7,5%-, no entanto, representa um aumento de 1 ponto percentual.
Na avaliação da Cepal, os mercados de trabalho na região registraram uma nova deterioração no nível de ocupação e desemprego no segundo trimestre. O documento ainda aponta o aumento do trabalho informal, um enfraquecimento do emprego com proteção social e uma retração nas vagas de trabalho com jornada completa.
Em diversos países da região houve queda na atividade econômica e se observa agora uma recuperação, em parte devido ao impacto de medidas adotadas pelos governos, o que pode favorecer as contratações no quarto trimestre.
O crescimento econômico, no entanto, não resolverá imediatamente o problema no mercado de trabalho, que só costuma ganhar força algum tempo depois da retomada do crescimento da economia, e a geração de empregos de qualidade continuará fraca. “Será uma recuperação gradual e heterogênea nos países da região’’, diz o documento.
No relatório semestral “World Economic Outlook’’ (“Perspectivas Econômicas Mundiais’’), divulgado ontem, o FMI (Fundo Monetário Internacional) estima que a economia da América Latina terá uma contração de 2,5% neste ano, com um crescimento de 2,9% em 2010.
O Fundo avalia no relatório que a recuperação não será uniforme em toda a região. À frente estará o Brasil, com crescimento de 3,5% no ano que vem, impulsionado por seu mercado doméstico, seus crescentes vínculos com a Ásia e seu diversificado setor exportador.
Já o México, país duramente atingido pela crise, terá uma recuperação mais lenta que a de grandes outras economias da AL devido à dependência dos Estados Unidos e das exportações de produtos manufaturados.
Desemprego na América Latina deve fechar 2009 em 8,5%
Redação
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