O lixo hospitalar resultante da manipulação em hospitais, clínicas e até mesmo o descarte irregular de remédios é um dos grandes problemas ambientais de toda grande cidade. São todos os resíduos gerados nos centros de atenção à saúde, incluindo laboratórios de análises que apresentam características infecciosas, corrosivas, reativas, tóxicas, inflamáveis, irritantes e que possam constituir risco a saúde ou para o ambiente.
Em Manaus a coleta e destinação dos resíduos de hospitais, clínicas e centros de saúde públicos é de competência da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp) e das concessionárias que exploram o serviço de limpeza na cidade. Para manter a coleta sempre em ordem, a Semulsp mantém rotas diárias, mas, não abrange a Região Metropolitana, sendo este serviço de responsabilidade das prefeituras locais.
O assessor de comunicação da Semulsp, Coraci Fernandes explica os detalhes da coleta “a Semulsp realiza a coleta de resíduo hospitalar público. Os hospitais e clínicas particulares são os responsáveis pela eliminação de seus resíduos, através de incineração”.
O transporte do lixo hospitalar exige veículos especiais e uma série de cuidados de acondicionamento, como sempre que se trata de resíduos perigosos, como os industriais. O tratamento desses resíduos pode ser feito na própria unidade geradora ou em instalações centralizadas que prestam esse tipo de serviço (ambas sujeitas a licenciamento ambiental).
Manaus já foi mostrada na imprensa nacional como uma cidade que não trata de forma adequada os seus resíduos hospitalares. Na atualidade segundo Coraci “O descarte e destinação do lixo hospitalar está controlado. O número de infrações é baixa. Quando a instituição não descarta o lixo hospitalar de forma correta (incineração), ela é notificada e recebe multa. Qualquer denúncia deve ser feita através do telefone 0800-0926356”.
Para o assessor, os estabelecimentos particulares de saúde “cumprem bem seu papel. Todo o lixo produzido é descartado pelas próprias, desde a acomodação em embalagens sinalizadas, que evitam o manuseio por pessoas não especializadas, até o descarte em locais apropriados”.
O lixo gerado por hospitais e serviços de saúde não pode ser descartado em lixões comuns, a céu aberto e sem proteção para os meios hídricos. Os resíduos são encaminhados para o Aterro Controlado de Manaus (ACM) e depositados em locais específicos. O aterro é formado por “células” (grandes buracos retangulares), valas assépticas, que são cobertas com uma manta de polietileno, que evita a contaminação do lençol freático.
Cada grupo de resíduos tem um destino diferente, os químicos podem ser descontaminados, reciclados, neutralizados e são incinerados quando não há outra alternativa. Os biológicos podem ser descontaminados em equipamentos especiais como autoclaves ou usando outras formas de calor, como micro-ondas especiais, trituradores e até usando substâncias químicas ou radiação.
Descarte correto evita contaminação
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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