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Derrota do Brasil derruba faturamento do setor

Se os outros jogos já trouxeram prejuízos ao setor de serviços e ao comércio, a partida que marcou a despedida do Brasil da Copa gerou uma queda desenfreada. Motoristas, atendentes das empresas de táxis e proprietários de bares da cidade ouvidos pelo Jornal do Commercio relataram que a derrota do Brasil para a Holanda, na sexta-feira, 2, trouxe uma baixa de mais de 50% no movimento. Para os taxistas não houve muita diferença entre os jogos em que o país foi campeão e o jogo que foi uma decepção para os brasileiros. Já os bares da cidade, não podem dizer a mesma coisa. Onde antes havia festa e trabalho, só se viam cadeiras e mesas vazias no dia em que a Seleção ‘amarelou’.
As empresas de táxis concordaram que quando os jogos eram à tarde, o movimento pela manhã compensava as perdas do pós-jogo. Zany Homero, taxista da cooperativa de táxis Golfinho, declara que até uma hora antes do jogo do Brasil havia bastante movimento, mas no momento em que começava, automaticamente o número de corridas caía e não conseguia retomar o ritmo. “Nos dias de jogo, conseguíamos fazer, num turno de seis horas, de 150 a 200 corridas. Nos dias normais, são 300 a 350. Faltam três horas pro fim do meu turno e eu só fiz 90 corridas”, lamentou o taxista.
O gerente da empresa de táxi Tucuxi apontou queda no número de chamadas em todos os jogos do Brasil. “Enquanto nos dias normais nós recebemos 1.600 chamadas, hoje, provavelmente, vamos fechar o dia com apenas 900 chamadas. Nos outros dias de jogo, quando o Brasil venceu, fechamos numa média de 1.200 chamadas”, informou o gerente.
Quem andava pela cidade logo após a derrota do Brasil para a Holanda, constatou o fraco movimento nas ruas e nos principais pontos de comemoração, como na praça do caranguejo do Parque Eldorado, zona centro-sul. O movimento intenso dos outros dias deu lugar a cadeiras e mesas vazias. Segundo os proprietários dos bares no entorno da praça, a queda foi de pelo menos 80% no faturamento em relação aos outros dias de jogo.

Praça esvaziada

O proprietário do Mika’s Chopp, Michael Harrakian, afirmou que o movimento até a hora do jogo estava ótimo com a praça do Eldorado lotada, até o jogo acabar. “Quarenta minutos após o fim do jogo, já não havia mais ninguém. Em relação aos outros dias de jogo nosso faturamento caiu 50%”, declarou o proprietário.
O gerente da Fellice Cervejaria, Paulo Hosterno, relatou que no jogo anterior do Brasil, a casa ainda permaneceu cheia após o fim do jogo durante três horas. “Ontem, após a derrota, nossos clientes se serviram do buffet da casa e foram embora. Duas horas depois a cervejaria estava vazia”, lamentou Paulo Hosterno.
O taxista Rubens Palheta, 30 anos de profissão, afirmou que em todas as copas é assim mesmo. “O movimento cai em média 50%, e a cidade fica deserta antes e depois dos jogos, prejudicando o nosso movimento, agora com essa derrota de 2 a 1 para a Holanda, o movimento deve voltar ao normal”, finalizou Palheta.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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