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Deputado Carlinhos Bessa: “planejamento é a palavra de ordem”

Como defensor do povo do interior, o deputado Carlinhos Bessa (PV) conhece como poucos a realidade do isolamento provocado pelas longas distâncias e da falta de oportunidades que vive o ribeirinho. “Assim mesmo, com tudo isso é um povo guerreiro, honesto e trabalhador, por isso merece todo o respeito desse deputado que traz para a Assembleia, entre outras, a missão de defendê-lo”, disse o parlamentar que tem na palavra Planejamento um verdadeiro mantra. Para ele, ações bem planejadas apresentam resultados satisfatórios. No caso da pandemia, Carlinhos Bessa, nessa conversa com o JC, deixa claro que não houve planejamento adequado para que o sofrimento da população fosse o menor possível. 

JC – Deputado Carlinhos Bessa (CB), Nesse momento que já se fala em segunda e até terceira onda qual análise que o senhor faz da pandemia no interior?.

CB – Ao olharmos para o atual momento, podemos observar que a Pandemia no interior, independente de em que  onda estejamos, ela não deu trela. Não arrefeceu e os índices continuam altos. As pessoas até tentam colaborar, mas é difícil, pois com o comércio fechado, as pessoas desempregadas, podem chegar ao ponto de passar fome,  então eu acredito que os gestores municipais tem que fazer um bom trabalho. Tem o recurso do FTI que foi aprovado. São R$ 160 milhões, no qual fiz uma emenda ao projeto do Governo onde aumentei mais 5%. Então, acredito que hoje os municípios estão respaldados financeiramente para fazer investimento na saúde. Além disso temos também as Emendas Parlamentares e as específicas para a Saúde já estão sendo liberadas. Esse suporte financeiro garante aos gestores municipais bons recursos para que eles possam organizar os seus municípios e fazer um bom plano de ação para combater a Covid-19.  Se for um bom trabalho, o resultado vai diminuir em muito o sofrimento da população. 

JC – Pelo que o senhor diz, recursos financeiros não faltam. O que está faltando?

CB – É verdade, o próprio Estado tem recebido um volume substancial de recursos e ao mesmo tempo tem repassado para os municípios. Dinheiro, realmente não é o grande problema, o que está faltando mesmo é gestão, organização e planejamento.

JC – Édifícil controlar o fluxo de passageiros nos recreios?

CB – Esse é um ponto onde se verifica a questão da organização e do planejamento. Segundo o Decreto do Governo, o transporte de pessoas está suspenso, sendo liberados apenas aqueles casos de tratamento de saúde fora do domicílio. Isso é baseado num acordo entre as prefeituras e os órgão de fiscalização. Além disso, os barcos, pelo que me consta, estão transportando uma quantidade mínima de pessoas. Para ajudar no controle desses passageiros, o Governo tem se valido da Base Arpão que está funcionando como um ponto de fiscalização. 

JC – Deputado, e a vacina, é a nossa luz no fim do túnel?

CB – Acreditamos que sim. Eu tenho plena convicção de que esse é o caminho. Tenho muita fé na Ciência e nos cientistas. Agora é preciso que haja por parte dos Governos a vontade de fazer uma vacinação em massa, pois somente assim poderemos ficar livre dessa pandemia que tem ceifado a vida de tantas pessoas.

JC –Como o senhor avalia a atuação do Governo do Estado na condução de ações de combate ao Coronavírus?

CB – Complicada, pois tivemos que conviver com a crise da falta de oxigênio, e a falta de um planejamento, diante da possibilidade de uma segunda onda. Não houve uma preparação adequada por parte das autoridades  de Saúde do Estado. Deveriam ter sido feito um planejamento para o enfrentamento dessa segunda onda e não houve. Espero que o Governo tenha consciência de que nesse momento alguns cientistas já falam numa terceira onda, o que nos leva a  ficar alerta e exigir das autoridades um plano baseado em planejamento, pois somente assim poderemos diminuir o sofrimento das pessoas. A perda de muitas vidas de pessoas próximas, parentes e amigos, nos deixou claro que as autoridades não se prepararam para essa segunda onda e como consequência tivemos um colapso na Saúde, nunca visto antes. Por isso, fica o alerta para uma possível terceira onda. 

JC – Deputado, é possível tirar alguma lição dessa pandemia?

CB –  Primeiro, respondo como cidadão e ser humano. A grande lição é a de que temos que ser  pessoas melhores a cada dia. Como deputado estadual e politico acreditp que os governantes tem que ter mais responsabilidades, mais credibilidade e um amor ao próximo como governante para que se tenha um planejamento maior na saúde , não só do Estado, mas do País como um todo. Tem que ter investimento sim, dentro da Saúde da forma mais honesta possível para que os recursos não sejam desviados e sejam aplicados de forma correta para que a população tenha uma maior seguridade na Saúde.

JC – Deputado, e o papel da Assembleia Legislativa? 

CB – È o papel fiscalizador. Ajudar de maneira possível, dentro de suas limitações, mas acima de tudo fiscalizar. Assim tem sido fiscalizado os recursos e as ações e quando podemos também ajudamos como legisladores, sugerindo e debatendo, às vezes, até mostrando caminhos, pois como a “caixa de ressonância popular”, a Assembleia conhece, por meio de seus membros a realidade da população.

JC – Deputado, uma mensagem para o homem do interior.

CB – Deixo uma mensagem de otimismo. Mesmo sabendo das atuais dificuldades que atravessamos. Esse é um povo guerreiro que sempre sofreu com as consequências da distância da capital e falta de investimento. Por isso, deixo uma mensagem de proteção a eles. Que eles possam acreditar  sempre no deputado Carlinhos e digo também  que sempre estarei aqui lutando por mais recursos para os municípios e como fiscalizador da aplicação desses recursos para que eles possam chegar de maneira correta até eles. No mais quero fazer o meu melhor para que essa população que é a mais desprotegida tenha dias melhores. 

Foto/Destaque: Divulgação

Caubi Cerquinho

é jornalista, editor da coluna Transporte, Trânsito e Cia
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