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Depois de faltar, gasolina tem preço elevado no AM

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A vazante do rio Madeira afeta também a distribuição de gasolina C no interior do Estado. De acordo com o presidente do Sindicam (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Lubrificantes, Álcool e Gás Natural do Amazonas), Luis Felipe de Moura Pinto, a capital de Roraima e o oeste do Pará também sofrem com a falta do combustível.
O álcool anidro -utilizado na fabricação da gasolina comum- chega a Manaus pelas águas do rio e daqui é distribuído para os outros municípios amazonenses e cidades como Boa Vista e Santarém. Segundo o Sindicam, o combustível utilizado no Amazonas é trazido para o Estado direto de Porto Velho.
Sem o componente químico -ou previsão de chegada do produto-, os empresários não hesitaram em reajustar a tabela de preços cobrados na bomba e o consumidor já paga mais caro na hora de abastecer.
O titular do Sindicam destaca que a entidade não interfere na mudança de valores praticados. “O mercado é livre e o aumento deve-se principalmente a dois fatos”, Moura Pinto sugere: a escassez do produto ou os postos já estão recebendo a gasolina mais cara dos distribuidores.
Na capital, os preços da gasolina C já saltou de R$ 2,89 para mais de R$ 3,02 em alguns postos, podendo chegar até a R$ 3,08. O vice-presidente do sindicato, Geraldo Dantas, arrisca que mais unidades podem elevar seus preços. “O problema só será solucionado no próximo mês, quando o período de seca do rio Madeira encerra”, diz.
Por enquanto, as distribuidoras continuarão operando em ‘racionamento’ para os 250 postos de Manaus. “Para cada pedido recebido, somente metade da quantia poderá ser atendida até que as entregas de combustível se normalizem na capital”, explica Moura.
A expectativa do sindicato é que uma balsa chegue a Manaus até o começo da próxima semana. A carga seria de 700 mil litros de álcool anidro. “Mas não há garantia”, aponta Dantas.

Fenômeno da natureza

Com a seca, as balsas só podem navegar com 40% da carga para garantir que possam atravessar as águas sem dificuldade. Normalmente, o período de vazante do rio Madeira vai de agosto a outubro e parte das entregas no Porto de Manaus é prejudicada. “Todos os anos sofremos com o mesmo problema, mas as distribuidoras e os empresários não se unem para amenizar as ocorrências de falta de combustível, diz Moura.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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