Uma experiência pode consolidar de vez o óleo da Andiroba como substância de largo emprego medicinal e muito eficaz como repelente, uma prática utilizada há muito tempo –por meio da fumaça– por indígenas e caboclos e agora está sendo testado no combate à malária no estado do Amazonas. A ação é fruto de uma parceria entre a ADS (Agência de Desenvolvimento Sustentável) e a FVS-AM (Fundação de Vigilância em Saúde) que recebeu, no início da semana, uma quantidade de 800 quilos do produto a ser experimentando pela fundação no interior do Estado no combate à reprodução do mosquito transmissor da doença.
A produção do óleo de andiroba veio das calhas do rio Juruá e Purus sendo 200 quilos extraídos por trabalhadores de associações do município de Carauari e os 600 quilos da safra da associação dos produtores e extratores de Lábrea. A ação comercial entre o Departamento Comercial de Produtos Florestais da ADS e FVS rendeu aos produtores R$ 8.400,00 (oito mil e quatrocentos reais) sendo R$ 14,00 o litro comercializado. A remessa foi entregue para a FVS (Fundação de Vigilância em Saúde), no último dia 30.
Segundo o presidente da ADS, engenheiro Valdelino Cavalcante, ação é resultado também do programa Zona Franca Verde que dá incentivos aos produtores e procura abrir mercados através da Agência, evitando que haja prejuízo da safra e que o produtor caia nas mãos de atravessadores.
Resultado
da experiência
É a primeira vez que o governo compra uma quantidade desse porte de óleo de andiroba, informa Valdelino que está otimista em relação ao resultado da experiência. A comercialização do óleo é um passo importante para fortalecer as associações que exploram essa atividade e, consolidar, de vez, a eficácia do óleo na cura de várias doenças e como repelente como a vela de andiroba além de estimular o crescimento da cadeia produtiva, agregando valores que vão refletir diretamente em benefícios para as famílias dos extrativistas”, disse.