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Decisão da Atrac tem apoio do Porto

O Porto Privatizado de Manaus apoiará o movimento grevista da Atrac (Associação dos Armadores de Transportes e Cargas e Passageiros do Amazonas) previsto para iniciar na próxima quarta-feira, por tempo indeterminado.
O diretor do complexo portuário, Carlos Alexandre de Carli, informou que conhece as dificuldades constantes enfrentadas pelos armadores do Estado do Amazonas. “O transporte fluvial no Estado precisa ser regulamentado e a greve pode ser a forma de iniciar esse proceso”, disse.
O executivo acredita que para dar fim aos problemas enfrentados pelos armadores, o governo deve criar uma concessão de rotas, e afirmou também que a falta de subsídios e de regularização do setor implica nas atividades exercidas legalmente pelos donos de embarcações.
Os armadores dos transportes aquaviários do Amazonas vêm enfrentando dificuldades há aproximadamente cinco anos e os problemas vêm se agravando nos últimos três anos, e a decisão da interrupção foi tomada em reunião na última terça-feira. Na reunião, que foi realizada no Navio Voyage Terceiro, atracado no Porto Privatizado de Manaus, estiveram presentes 48 donos de embarcações.
Outros trabalhadores do setor também apóiam a manifestação de embarcações, entre eles operadores de passagens, carregadores e proprietários de embarcações-frete, informou a presidente da Associação dos Armadores, Alessandra Martins.
A Atrac reivindica a isenção da taxa do combustível e a regulamentação dos barcos regionais a fim de diminuir a concorrência com as embarcações que atuam na ilegalidade. De acordo com Alessandra Martins, o aumento do preço dos combustíveis agravou ainda mais a situação. “O diesel responde por 70% dos gastos das empresas em relação às embarcações, e o incremento de 8,8% no preço desse produto em todo o país anunciado na semana passada dificultou ainda mais o desenvolvimento do nosso trabalho”, pontuou.
A dirigente sindical dos armadores informou também que o setor vem enfrentando inúmeras dificuldades que passam pela majoração do óleo diesel, o não-reajuste do preço das passagens, entre outros. “A classe vem alertando as autoridades das dificuldades que vem passando desde 2005.

Reflexos nos municípios

Segundo Alessandra Martins, passeatas já foram feitas e ofícios enviados para vários deputados, inclusive para o Ministério dos Transportes, sem contudo obter respostas.
O reflexo da paralisação já desponta no abastecimento dos municípios do Estado. De acordo com a presidente da Atrac, Coari já está sofrendo com o fornecimento de frango, pois apenas duas embarcações estão abastecendo a cidade. “Parintins e Barcelos também já estão sentindo os efeitos causados pela falta de estrutura que estamos passando”, garantiu.
O preço da passagem também é um fator contribuinte para a crise no setor. A Atrac informou que os valores não são reajustados desde 2003 e os custos e gastos são altos. “As empresas têm que remunerar seus colaboradores e os gastos com a manutenção de suas embarcações é enorme”, disse Alessandra.

Alerta tem quase três anos

Em outubro de 2005, o Sindarma/AM (Sindicato das Empresas de ­navegação Fluvial no Estado do Amazonas) já alertava o governo que as empresas de embarcação estavam operando no vermelho, e a SNPH (Superintendência Estadual de Navegação, Portos e Hidrovias) informou que o reajuste no valor das passagens era viável para minimizar as dificuldades em que as empresas de navegação se encontravam. A esti­mativa da Atrac é que 180 mil passagens sejam vendidas mensalmente.
De acordo com a direção da Atrac, atualmente o setor gera 16 mil empregos diretos e representa 15% na economia do Estado com seus serviços de transporte fluvial para os principais municípios amazonenses.
Alessandra Martins também pontuou que a concorrência das embarcações legalizadas é alta com os que burlam a lei. “Precisamos delimitar os serviço de transporte fluvial no Estado e o que os empresários e trabalhadores deste segmento podem desempenhar para que

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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