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De gráfica em gráfica, Ziló mostra sua força

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A história de amor entre Eduardo e as gráficas é antiga, tem mais de 50 anos, mas até hoje continua viva como no dia em que começou, em 1966.

Eduardo Siqueira de Moraes nasceu no Paraná da Eva, e veio ainda criança para Manaus. Com apenas nove anos foi trabalhar na recém inaugurada Tipografia Torres, que ficava na av. Joaquim Nabuco e pertencia à sua irmã Paulina Moraes de Souza e seu cunhado, Waldemir Torres de Souza.

Fazendo pequenos serviços na tipografia, Eduardo foi aprendendo como funcionava a empresa e apenas nove anos depois, em 1975, ele com apenas 18 anos, montou a própria empresa, a Gráfica Moraes, na rua Major Gabriel.

“Éramos sócios eu e meus quatro irmãos: Pedro, Gutemberg, Guilherme e Epitácio, e ainda tinha nossas duas irmãs, Esmeralda e Beta, que nos ajudavam bastante. Até pouco tempo atrás elas trabalharam comigo”, contou Eduardo.

A Gráfica Moraes ficava num pequeno galpão, no quintal de uma casa. Um ano depois os negócios haviam ido tão bem que os irmãos alugaram a casa, de dois andares, onde a empresa passou a funcionar.

“Mas nenhum negócio funciona sempre 100% dando certo. Em 1980, além da gráfica, tínhamos uma empresa de embalagens, ali na av. Tefé, porém, naquele início da década de 1980 as coisas ficaram muito difíceis”, lembrou.

Em 1985, as dificuldades das duas empresas culminaram com a saída de Eduardo da sociedade com os irmãos e ele abriu nova empresa, a Tipografia Cavalcante, no Educandos.

“O Cavalcante é uma homenagem ao meu pai, Eduardo Cavalcante”, contou.

Segredo é modernizar

Dois anos depois, 1987, Eduardo comprou um terreno e construiu a nova sede da empresa, na av. Tefé e, além da tipografia, investiu num outro negócio, uma papelaria, a papelaria Ziló (homenagem à sua mãe Olendina Siqueira de Moraes).

Mais dois anos e o empreendedor antenado fundou a Gráfica Ziló, acabando com a papelaria.

“A papelaria não era um segmento que eu queria”, falou. “Em 1997 mudei a gráfica da av. Tefé, deixando o prédio com minha filha Daise Moraes Hygino, que montou a D.P. Indústria de Etiquetas, e vim para cá, para a rua Ilídio Lopes, esquina com a S1, também no Japiim, onde estamos, desde então”, explicou.

“O segredo de continuar existindo, mesmo o setor gráfico tendo sofrido grandes mudanças, como a extinção das notas fiscais impressas, que eram o principal faturamento de muitas gráficas, foi sempre modernizar meus equipamentos e procurar atender às novas necessidades do mercado”, esclareceu.

Em 2004 Eduardo deu uma super reestruturada na Gráfica Ziló, adquirindo as mais modernas máquinas existentes e voltando a investir no segmento de embalagens, que abandonara havia quase 20 anos.

Outro setor no qual Eduardo tem investido nos últimos tempos é o de publicação de catálogos, revistas e livros. E não se arrepende.

“Imprimi os livros do professor Orígenes Martins e mais recentemente do economista Osiris Silva. Outros parceiros são as Editoras Valer (Isaac e Tenório Telles) e Logos (Ana Carolina), a Igreja da Restauração (pastores Franciene e Ivo Terra Nova), Rymo (Dedé Marques), a Secretaria de Cultura do Estado e o Inpa, este, com belíssimos livros técnicos de capa dura. É um setor em evidência”, afirmou.

Antes de encerrar a entrevista, Eduardo fez questão de lembrar do funcionário Antonio Pereira da Silva, o Tuneco, que trabalha com ele há 35 anos.

Ponto de vista

O menino que nasceu no Paraná da Eva e se tornou um grande empresário em Manaus, trabalhando desde criança, sempre foi um otimista, por isso, para ele, não existe tempo ruim. Mesmo pertencendo a um segmento que sofreu muito com as mudanças tecnológicas dos últimos anos, Eduardo sempre vê uma luz no fim do túnel e na sua direção investe em novos negócios.

Jornal do Commercio: 2019 foi um ano bom para a economia? O que esperar para 2020?

Eduardo: Sim, a economia melhorou bastante e estou confiante que vai continuar em 2020, 21, 22… O Polo Industrial de Manaus está deslanchando. Estou com grande esperança de que as gráficas voltem a ter muitos trabalhos.

JC: O que diria para alguém que quer investir numa gráfica hoje?

Eduardo: Tenha cautela. É um segmento que passou por grandes mudanças nos últimos tempos. O investimento é alto, então, deve-se acompanhar a situação do segmento e da economia antes de ir adiante.

JC: Investimentos para 2020.

Eduardo: É ano de eleição para prefeitos e vereadores, então as gráficas devem se preparar para conseguir muitos trabalhos. Além da nossa empresa de embalagens, vamos começar uma de comunicação visual. Aguardem as novidades da Ziló.

Guia Rápido

Nome: Gráfica Ziló

Fundação: 1989

Segmento: Serviços gráficos e de embalagens  

Sede: Rua Ilídio Lopes, 82, esquina com a S1, Japiim    

Site: www.graficazilo.com.br

Telefone: 2126-2300

 

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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